28.12.09

Boicotar o Natal*

Espécie de ceia de Natal no avião: bocadillos de tortilha e champanhe. Outras coisas igualmente típicas noite fora, pelas ruas de Madrid e já no hotel.
Dia de Natal: em Espanha sê espanhol. Ruas cheias de gente a fazer não sei bem o quê, nós lá pelo meio. O peru foi trocado pelo cocido madrileño e os únicos fritos foram os churros.
Gran Vía, Prado, Centro de Arte Reina Sofia… Continuou a faltar o Thyssen.
Aterrei às 9h, para uma hora depois aterrar na minha secretária… Desconfio que não vai ser um dia muito produtivo (eu queria ter dormido na minha cama, mas os senhores da Easyjet acharam que era giro cancelar o voo que regressava ontem à noite).

* Não o abomino, mas é mais uma boa desculpa para viajar.

24.12.09

Agradecer

Chegou a época dos balanços. Enquanto vinha para cá, maravilhada com a quase total ausência de carros, cantarolava músicas de Natal e via o ano em retrospectiva. E que grande ano! Por isso, mais do que fazer pedidos para 2010, apetece-me agradecer.
Não temos um Thanksgiving Day, nem eu tenho o espírito religioso que lhe está associado, mas ainda assim por estes dias o que me apetece é dar graças e desejar a todos um Feliz Natal e um excelente 2010!

18.12.09

Exercício matinal

Procurem nos jornais online notícias sobre o casamento gay. Diz que foi aprovado entre nós, o mundo não acabou (embora a terra tenha tremido), mas eu não encontro notícias. Pelo menos não em destaque, daquelas que se pode ler e rapidamente citar em horário laboral.
Ainda assim, e a acreditar nas notícias da tv, finalmente foi aprovada a proposta de lei que permite a união entre pessoas do mesmo sexo!
Fica a faltar a adopção.

16.12.09

So this is Christmas

O fim de semana começou com um teste e uma apresentação de um trabalho, em que empinei nomes de cabos e linguagens de programação (um dia ainda vou perceber o porquê deste disparate), só depois tive finalmente tempo para reparar que o Natal está ai à porta.
Os centros comerciais estão insuportáveis e para não variar o comércio de rua às moscas (até as feiras de Natal…). Consegui fazer as compras da praxe e ir ao cinema ver Julie & Julia, que não correspondeu às minhas expectativas (exageradamente altas) mas que se vê muito bem e sem provocar a fome tremenda da peça referida abaixo.
Capaz de tirar o apetite foi o filme que vi depois, O Rapaz do Pijama às Riscas. Mais um filme sobre a II Guerra, e uma vez mais uma abordagem totalmente inesperada. Não é novo, mas se não viram não percam.
Ontem ainda vi A Corda, de Hitchcok, o primeiro filme a cores do cineasta e que nos dá a sensação de que é um filme realizado num plano continuo.
Quase uma overdose de filmes, a que a época (e o frio) convida!

24.11.09

O que se leva desta vida

Não quero insistir na falta de tempo, mas em parte é o que justifica o post tardio. O que podia ser uma óptima sugestão vale agora apenas como referência…

No sábado fui ver “ O que se leva desta vida ”, fui quase coagida, e ainda bem! No palco assistimos à reprodução de uma cozinha profissional e à disputa entre dois chefs: duas visões antagónicas que se complementaram, fizeram rir e salivar. Uma experiência diferente e que nos pôs a pensar no que levamos desta vida, nisso e na ceia obrigatória que se seguiu.

16.11.09

O maravilhoso mundo do IC19

Segunda-feira e chuva. O dia ideal para no IC19 andarem a reparar os candeeiros, em ambos os sentidos. Porque o sol quando não nasce é para todos.

9.11.09

20 anos

Uma música para ilustrar 20 anos de liberdade. Vinte anos sem muro.

6.11.09

Tenho andado distraída…

Mas não é de hoje. Escapou-me que a Ucrânia tem uma Primeira-Ministra suis generis.

Enquanto tomava o pequeno almoço e ouvia o presidente Iuschenko pedir apoio para o combate à gripe californiana (oi? Acho q também ando distraída neste tema…), achei que se tinham enganado nas imagens e estavam a passar um qualquer vídeo da Disney. Lá estava uma Rapunzel com capa de princesa e tudo, a cumprimentar os mais desfavorecidos. Entre o riso e o espanto acabei por perceber que era mesmo a Primeira-Ministra.


22.10.09

É hoje!


Após anos de resistência, irei finalmente entrar na Praça de Touros do Campo Pequeno. Espero abstrair-me do facto de estar numa arena e conseguir aproveitar o “encontro histórico”: Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto, juntos num concerto.

15.10.09

O lado esquecido

Já há muito tempo que a gestão do tempo não era tão difícil. Consequentemente, este lado esquerdo tem andando parado e assim deverá continuar. Não é mau sinal, significa apenas que outras coisas estão em curso.
Por agora a prioridade é adaptar-me à nova rotina. Tenho aulas quatro dias por semana, uma carga horária quase semelhante a de uma licenciatura, e profs que insistem em falar na excelência desta empreitada. Tremo quando penso nos trabalhos e leituras que já se vão acumulando, mas ao mesmo tempo sinto-me realizada e preenchida.

5.10.09

Ainda agora era esta a vista...


E agora já estou cá.

Quando é que há mais dias com sabor a férias?...

2.10.09

Ohhh


O Noddy ficará para outro ano, estarei entretida em terras de outras personagens, ainda mais apalhaçadas.

1.10.09

Não escrevi sobre as eleições.

Duas conclusões essenciais:
- Está na hora, está na hora, do Jerónimo ir embora.
- «Há cada vez mais gente a pensar como nós», medo, muito medo.

E vão dois!

Há dois anos comecei a trabalhar aqui. O balanço é positivo e congratulo-me com a minha própria resistência: não me tornei crente, nem enlouqueci. Não sucumbi às duas áreas dominantes desta casa e continuo a aprender a lidar com elas: a religião e a saúde mental.

No decorrer deste ano, é provável que sucumba à segunda, as aulas já começaram e pouco tempo tenho para respirar.

24.9.09

Para grandes males...

«"Os choques eléctricos (electroconvulsivoterapia) nunca foram abandonados em psiquiatria, sofreram é uma grande evolução e hoje apenas são usados em casos muito específicos, ao contrário do que sucedia no passado", garante o presidente do colégio de psiquiatria da Ordem dos Médicos, Marques Teixeira.»
Grandes remédios? Não sei… Sei apenas que onde trabalho são aplicados e que depois de ler a reportagem fico um pouco mais descansada. O que não me deixa de todo descansada é pensar na nossa fragilidade. Há quase dois anos aqui e não deixo de me surpreender com o que vejo e ouço.

21.9.09

Em falta

Em falta com o blog e com um filme genial. Se o Up mereceu um post, Sacanas sem Lei também tem que ter um.
Derrubar o Terceiro Reich, pelas mãos de Tarantino, é uma missão hilariante. Admiro-lhe a coragem, tratar a II Grande Guerra recorrendo ao humor (negríssimo) e não ser chacinado pouco depois, não é para qualquer um, e a sua visão original. Outra forma de contar uma história já tantas vezes filmada: uma jovem vê a sua família ser executada e procura recomeçar de novo; entretanto, um grupo de soldados judeus é orientado para atacar alvos específicos. Os seus destinos convergem num cenário improvável.
Há muito sangue, mortes atrás de mortes e brilhantes representações (e que personagens!). É imperdível!

7.9.09

O pós-festa

Todos os anos o sentimento repete-se. Venho da festa convencida de que ainda há esperança, de que a revolução está iminente.
Depois acordo e venho trabalhar…

4.9.09

Ide lá ver

http://www.bussolaeleitoral.pt/

Agora só me falta descobrir quem são os senhores do MPT com quem tenho muito em comum (embora no topo não haja surpresas).

27.8.09

JC

A chefe: «Este teólogo defende que Jesus Cristo é anarquista. Os comunistas já perceberam que foi comunista, agora é estes perceberem também.»
É por estas que lhe acho piada. Embora nestas alturas eu me limite a esboçar um sorriso.

“Juro do coração”

O “Up” é uma agradável surpresa.

Lá vai o tempo em que os desenhos animados eram apenas para os mais pequenos. Os efeitos da Pixar aliam-se a temas delicados, introduzidos com mestria, resultando num filme que tanto nos faz rir como nos deixa o coração apertadinho, porque não contamos com tamanha profundidade e subtileza em abordar questões tão presentes no nosso dia a dia, num filme animado, super colorido e que pode ser visto em 3D.

19.8.09

Eu nem sei porque é que tenho um blog

Falam-me do Facebook: cria uma conta, é mesmo interessante!
E eu automaticamente associo ao Hi5, em relação ao qual se tornou difícil encontrar alguém com uma opinião favorável…
Temos também o Twitter: é giro, podes dizer em tempo real o que estás a fazer!
Não sei se o problema são os argumentos que me dão ou se sou simplesmente eu. Justificações que não me motivam e sobretudo conduzem-me para uma questão: como é que arranjam tempo?? Isto já para não falar nas contas no youtube. Como? Se já o blog tem andado às moscas…

13.8.09

Afinal há fotos

Tão fotogénicos! O fotógrafo é que parecia estar com pouco equilíbrio...

11.8.09

Ainda almariada

Nove dias no mar. Mais 24h do que o previsto, porque o mar não estava calmo e achou-se por bem não avançar.
Foi um treino de mar com tudo o que isso implica: noites mal dormidas, enjoos, trabalho, medo… Mas também momentos de absoluta calmia, em que em mar alto se paravam os veleiros (3 embarcações com cerca de 10 metros) e se mergulhava ou se faziam recepções a bordo.
Muitos mitos caíram por terra: quando estiverem na praia e lá longe avistarem um veleiro, não pensem “mas que bem se estava ali”, de facto houve momentos em que se esteve lindamente, mas também houve momentos em que via a costa e só invejava os sensatos que não saem da areia, porque o esforço para não ser projectada borda fora era enorme. Já para não falar da velocidade estonteante que se atinge, frequentemente 5 milhas por hora (menos de 10 km/h), ainda assim fomos audazes e fizemos perto de 1200 milhas.
Foram dias intensos, em que o ponto alto era sem dúvida a chegada a um novo porto. Ir e vir da Doca de Alcântara a Cádiz, 7 paragens, mais do que as previstas, pois rapidamente percebemos que o ideal é viajar sem tempo e apenas quando o mar o permite. Ir parando e conhecendo cada terra, conversar, rir e simplesmente não fazer nada. Viver o momento e regressar ao barco, na certeza de que a viagem seguinte custará sempre menos.
E constatar ao fim de um dia de viagem que a terra balança mais do que o mar e que assim continua, embora tenham passado quase 48h desde a atracação em Lisboa.

Ps. Não há fotos, ou fotografava ou tentava manter-me viva.

31.7.09

Sem tempo


A mochila está quase pronta. Inclui gorro, luvas e muitos comprimidos para o enjoo.
A próxima semana será a velejar (ou a tentar...). Dificilmente me podia ter dado para pior.

28.7.09

Público vs Privado

Toda a minha vida estudei no ensino público. Agora que decidi voltar à carga comecei a pesquisar as duas possibilidades. A carga horária no público é incrivelmente superior, o preço é quase metade, o prestígio creio que é superior, mas sobretudo sempre fui e serei defensora do ensino público.
Posto isto, inscrevi-me, mas mais ou menos convencida de que não entraria e já de olhos postos nas candidaturas no privado (e no magnífico horário). Acabei de saber que entrei e vejo-me agora a precisar ainda mais de férias!

Isto no mesmo dia em que recebi o meu programa de “férias”: em 8 dias dormirei no máximo 5h seguidas. Mais novidades num próximo post.

23.7.09

Silly season, o regresso

Não começou propriamente agora, a estabelecer uma data apostava em finais de Junho, mais concretamente no dia da morte de Michael Jackson. Porque foi absolutamente inacreditável como é que tal coisa aconteceu a um homem que transbordava saúde, justificou-se todo o mediatismo , inclusivamente o funeral-show. Conseguem imaginar melhor época do ano para tal acontecimento?...
Também com este regresso a vontade de escrever vai diminuindo, por isso o blog tem estado com um ritmo alucinante de um post por semana. E assim continuará.
Só já penso em férias.

16.7.09

Seara e companhia olé!

Fizeram um bocadinho de campanha política, disseram por várias vezes mal do governo, mas também mostraram muito interesse nos nossos projectos. Prometeram apoiar e eu quase prometi que votava neles. Um único inconveniente, não voto neste município, não vai dar ;-)

As perspectivas são as melhores e inevitavelmente dou por mim a desejar que o Seara por cá continue.

8.7.09

Ele há coisas…

No final da semana passada liguei para a Câmara Municipal numa espécie de missão impossível: ser subtil mas tentar deixar claro que o quero é financiamento.
Falei com alguém do departamento da cultura que me disse que ia falar com a direcção e depois entraria em contacto comigo. Estranhei tanta disponibilidade e pensei cá para mim: para a semana volto a ligar.
Não foi necessário, ontem ligaram-me a propor uma reunião com vários ilustres camarários (só falta mesmo o presidente), a decorrer já na próxima semana. E onde? Aqui mesmo. Está-me cá a parecer que houve uma inversão de papéis e que eles é que vão tentar pedir-nos dinheiro…

2.7.09

O circo voltou

O circo está de volta à capital, uma vez mais liderado pelo palhaço-mor, Pedro Santana Lopes.
O que nos traz de novo? Mais um túnel!! Numa zona saturada de trânsito e há anos em obras, é sem dúvida a melhor proposta que um candidato pode fazer. Interrogo-me se estes senhores gostam minimamente dos espaços que se propõem governar, a preocupação pela preservação e reabilitação há muito ficou esquecida, o importante é entupir mais ainda a capital de carros, sobretudo com estes túneis, que servem para atravessarmos a cidade mas que em nada contribuem para que possamos usufruir realmente dela. Atravessar um destes túneis em Lisboa é o mesmo que atravessar um túnel na Damaia, o objectivo é o mesmo: fugir o mais rápido possível.
E é com este belo programa que este senhor inicia a sua campanha.


24.6.09

“Chamam-nos de tudo”

Ontem na RTP, no programa “30 Minutos”, falou-se sobre uma das casas da instituição onde trabalho. Notei uma vez mais o que já tinha apontado como grande falha do programa, para quê condensar em 30 minutos três histórias que valem por si só? Vidas que merecem tempo de antena e que ali são apresentadas em escassos dez minutos.
Mas ontem não foi apenas a síntese acelerada que me deixou descontente com o que vi. O que me desiludiu foi o trabalho dos jornalistas que não conseguiram acertar no nome da instituição. “Chamam-nos de tudo” foi o desabafo que hoje ouvi da minha chefe e que espelha a falta de profissionalismo daqueles jornalistas.

21.6.09

O Carnaval em Junho

O ano passado foi assim.
Este ano passei de assistente a participante. Vestida a rigor, marchei e gritei: a minha marcha é linda! Foi bem mais divertido!

14.6.09

O excesso de trabalho da última semana tirou-me tempo e vontade para comentar as eleições. Ouvi o António Barreto anunciar a morte do PCP, quando na realidade foram os melhores resultados dos últimos anos (embora não ache grande piada à Ilda, o seu trabalho e dedicação são reconhecidos por todos os eurodeputados); o PSD comemorou uma vitória que mais não é do que uma derrota do PS, um susto para o Sócrates e para a esquerda em geral, que nas próximas eleições será certamente mais disciplinada e irá votar.

Mas o que lá vai, lá vai, depois de uma semana cansativa, seguiram-se uns dias em que as principais duvidas andaram em torno de: praia ou piscina? Baterias recarregadas, agora há que voltar a entrar no ritmo.

31.5.09

Memória

Tão nobre espírito
em tão estreita regra
Tão vasta liberdade em tão estreita
Regra

Sophia de Mello Breyner Andresen


(Não sei se algum dia deixarei de estar incrédula com as voltas que a vida dá e com o meu percurso laboral em particular).

25.5.09

Conto-vos como foi

A semana passada foi fantástica. Inesperadamente duas excelentes notícias.
Um carro com mudanças automáticas, uma espécie de Natal antecipado e de cedência aos meus caprichos, por parte dos meus pais, e 12h depois a comunicação de que o meu local de trabalho entrará em obras, tornar-se-á mais polivalente e possivelmente exigirá a criação de um posto de trabalho (o desejado contrato de trabalho??!!).

Entre o acreditar que é desta que finalmente vou conduzir com regularidade e o contentamento de ver o meu trabalho reconhecido, senti-me levitar, mas mantive-me desconfiada… Será que apesar das mudanças automáticas conseguirei mesmo conduzir? Será que há mesmo trabalho para mim ou a meio das obras desistirão? Foi tudo tão inesperado e tão bom…

No fim de semana testei o carro. Parece um brinquedo, é mesmo fácil de conduzir. No domingo a prova de fogo, atravessar a 25 de Abril rumo a Lx. Coração aos pulos, respiração descontrolada, constatar que os outros carros não andam, voam, e que a estrada é estreitíssima. Prossigo, chego ao destino e estaciono. Meia hora depois estava novamente dentro do carro. Dei à chave, não pegou, novamente, nada… Ao segundo dia o carro ficou sem bateria e deixou-me apeada. Se é este o preço da felicidade, prova superada ;-)

Mas agradeço que a gracinha não se repita e a repetir-se que seja novamente na garagem.

15.5.09

A Noite dos Museus

É já amanhã! Podem consultar o programa aqui.

13.5.09

(Quase) sempre esta insatisfação

Tenho net em casa e não estou colada à janela, dependendo da "generosidade" dos vizinhos.
Tenho dois livros acabados de chegar da Feira do Livro.

Só me falta tempo para usufruir do momento...

7.5.09

audácIa

Foi a primeira coisa que me ocorreu ao olhar para a capa do novo jornal I: "Menos imigrantes". Ao folhear confirmei a audácia desta equipa: "Gripe – deixar o vírus circular pode ser uma boa estratégia para evitar uma pandemia."
Não faço ideia se há mercado para outro matutino, mas é sempre bom constatar que há quem não desista e que até arrisque num formato um pouco diferente.

3.5.09

Do fim de semana


Cádiz - Catedral Nueva


Cádiz - La Caleta



El Puerto de Santa Maria - Pátio Andaluz

Tavira - Praia do Barril

25.4.09

Liberdade

Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir!

Sérgio Godinho





25 de Abril Sempre!!!

22.4.09

Sócrates 1 – Manela 0

Já não há pachorra para Freeports e resultados das medidas de combate à crise. O ponto alto da entrevista de Sócrates foi o momento em que arrasou com o Jornal Nacional da TVI.
O PM disse tratar-se de uma caça ao homem travestida de telejornal e num raro momento vi-me a concordar com ele, pois das poucas vezes em que perdi tempo a ouvir os disparates trocados ente Moura Guedes e Pulido Valente só me ocorria o desprezo com que estavam a tratar a maioria dos portugueses, que mal ou bem o colocaram no poder e merecem informação e imparcialidade por parte de quem a transmite. Quando não se consegue esse distanciamento inerente à profissão criam-se espaços como este, não ocupa tempo de antena, não tem por objectivo informar mas permite uma certa catarse.

O tempo passa…

E as perguntas são as mesmas. Mais de ano e meio depois da minha chegada aqui, ainda há quem pergunte o que é que faço exactamente, como é que cá vim parar e em que zona estou.
Se há coisa que lhes faz confusão é eu estar num espaço interdito à maioria, logo só faz sentido cá ter chegado através de uma cunha qualquer, o que não se coaduna com o facto de raramente me terem visto na missa, de não me ouvirem falar entusiasticamente de peregrinações e actividades da paróquia local. Posto isto, por várias vezes concluo que as minhas chefes são muito mais à frente do que o pessoal leigo.

Desabafo pós aula de ginástica, o palco de todas as coscuvilhices.

17.4.09

Será caso para procurar um médico?

A astróloga Maria Helena Martins alerta-me:

Saúde: Cuidado com a excitação, pode ser desgastante.

Obrigada pela gargalhada matinal!

16.4.09

Foram só quatro dias…

Que me fizeram perder a noção do tempo e do espaço. De olhos postos no calendário (já a sonhar com novas pausas?) apercebi-me que passaram dois anos desde o primeiro post!

Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Mário de Sá-Carneiro

8.4.09

A crise que se lixe


De partida para terras de sua majestade.

7.4.09

Adoro histórias de amor

Finalmente vi O Leitor, genial. Óscar merecidíssimo para Kate Winslet, que se entrega totalmente, transformando-se numa mulher dura e solitária, que se envergonha apenas do seu analfabetismo.
Kate é Hannah Schmitz, uma mulher que vive uma relação intensa com um jovem e que a dada altura decide desaparecer sem deixar rasto. Ele não a esquece e inesperadamente reencontra-a numa sala de tribunal, onde assiste ao seu julgamento por crimes de guerra. Conhece uma outra Hannah mas não deixa de a amar.
Não é um filme fácil de resumir, é meticuloso e emotivo, que nos faz pensar para além do dualismo tradicional. É imperdível.

Noutro formato, mas que também exige um finalmente, li Orgulho e Preconceito. Uma das obras primas de Jane Austen, reporta-nos para a Inglaterra rural do séc. XVIII e dá-nos a conhecer a sua sociedade, em que um homem solteiro na posse de uma bela fortuna necessita de uma esposa de igual condição social. Escrito em 1797, é inovador ao dizer-nos que não é necessariamente assim.

6.4.09

1.4.09

Sonhos

Pela segunda noite consecutiva sonhei com o Jamie Oliver.
Podia ter sonhado com um magnífico jantar preparado especialmente para mim, com a exclusividade e dedicação do chef. Mas nada disso… Recordo-me apenas de alguns instantes em que ele reproduz o gesto que o vi fazer num dos seus programas: mexe o molho, prova o molho e volta a colocar a colher no tacho.
Acresce dizer que pretendo ir ao Fifteen dentro de pouco tempo e dispensava estar a ser perseguida por este sonho. Resta-me desejar que o Jamie esteja lá mas afastado da cozinha, só a supervisionar, sim?...

Visitas de Estudo

Lembro-me que no secundário, antes de um período de férias, faziam-se visitas de estudo. Hoje ao chegar aqui confirmei que o hábito se mantém, mas intrigou-me a escolha deste espaço.
Como reacção automática perguntei a uma colega se vinham conhecer o estilo de vida das chefes (há uma crise de vocações e se calhar todos os meios são válidos…), parece que não, vêm conhecer as utentes (deficientes e doentes mentais). Tipo como quem vai ao zoo?...
Acho que mais valia irem namorar para Sintra. Raramente acredito na inclusão, muito menos desta forma.

21.3.09

Dia Mundial da Poesia

Horas Rubras

Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Oiço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve e branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

Florbela Espanca

18.3.09

Entre os livros

Gosto de livros com memórias. De através do que neles encontro perceber por que mãos passaram.

Bilhetes postais são uma constante, com letras mais ou menos perceptíveis, geralmente dirigidos a “Sorores”, fazem-me sempre lembrar a música dos Rio Grande (“Querida mãe, querido pai, então que tal?...”). Estou perante um de 1971, com um carimbo que diz “responda com verdade”, e que fala do frio que se faz sentir, de um tal Emanuel que foi bem na prova escrita, uma Teresinha que foi comungar (“ela está com muito juízo”) e uma ex-madraste que faleceu.
E viajo sem sair daqui.

12.3.09

Será que percebi?

«Foi ontem aprovada na Assembleia Municipal de Lisboa a compra de um edifício na Rua Augusta (Lisboa) para instalar o MUDE - Museu do Design e da Moda (e uma nova Loja do Cidadão). Será instalado no edifício da antiga sede do Banco Nacional Ultramarino e vai acolher a colecção Capelo (...).A abertura está prevista para finais de 2010.» in Fugas.

Então oferecemos o CCB ao Berardo e em troca compramos um edifício da Rua Augusta para albergar o museu que ficou sem espaço?
Dou por mim novamente a pensar na entrevista de Medina Carreira, em que referiu que só neste país é que casos mal contados como este (ele referia os custos da Casa da Música, do CCB e por ai fora) não são casos judiciais.

Esta questão já é uma velha luta por aqui.

10.3.09

Era giro

Escrever qualquer coisinha sobre a Barbie, que ontem fez anos e teve direito a tempo de antena um pouco por todo o lado.
Acontece que só fez 50. E 50 anos parecem-me quase nada atendendo a que o actual crescimento económico português é igual ao da primeira década do séc. XX. Quem o disse foi Medina Carreira, ontem entrevistado por Mário Crespo.

Cinquenta anos não passaram pela Barbie, assim como cem parecem não ter passado por nós.

2.3.09

Um filme que combina com o post anterior

Depois da invasão de sabores, uma invasão de cores e paisagens indianas através de The Darjeeling Limited.

O filme é de 2007, mas eu ando a descobrir as maravilhas dos canais de cinema da zon e a sua fantástica caixa que os grava (uma palavrinha aos senhores da cabo: já que me presenteiam com alguns canais, dá para trocarem o novo da tvi por um destes de cinema?).
Uma família disfuncional e excêntrica parte numa viagem espiritual rumo à Índia, a bordo do comboio The Darjeeling Limited, arrastam um conjunto de malas LV e um turbilhão de emoções, que se reunirão num confinado camarote. As representações são óptimas, mas a grande protagonista é a própria Índia.

1.3.09

A primeira expedição

Há já algum tempo que queria fazer uma pequena expedição por algumas mercearias do Martim Moniz, na semana passada a oportunidade surgiu.

As compras foram reduzidas ao mínimo, ou melhor, ao máximo que conseguia transportar na minha mala, porque a noite ia continuar aqui (absolutamente fantástico, recomendadíssimo).
A aposta foi nas especiarias.


A primeira refeição com alguns destes produtos foi um excelente caril tailandês, cuja receita adaptei a partir daqui. Não ficou particularmente fotogénico mas o sabor... dos melhores pratos que alguma vez fiz!


Ontem fiz frango tandoori, qualquer coisa tão complicada como: juntar um iogurte natural a uma colher bem cheia de tandoori masala, envolver, deixar marinar de um dia para o outro e assar. Muito bom!
Depois destas experiências estou conquistada, avizinham-se novas idas ao Martim Moniz e novos sabores, e cheiros, na minha cozinha.

22.2.09

And the Oscar goes to...

Slumdog Millionaire!!!
Depois de uma mini-maratona para ver os dois nomeados que mais interesse me despertaram, fico a torcer por este. The Curious Case of Benjamin Button merece vencer mas não na categoria de melhor filme.

19.2.09

Tejo, meu doce Tejo

Não sei porque é que ainda me choco com situações como a do post abaixo. Uma estrada sem passeios (embora tenha várias paragens de autocarro) e uma ribeira que foi ignorada pelo betão, perdem importância perante a naturalidade com que se reconhece que os esgotos de 100 mil habitantes da capital até agora desaguavam no Tejo, sem qualquer tratamento.
E assim se transforma uma vez mais esta zona de Lisboa num enorme estaleiro

18.2.09

Um ano depois


É o meu caminho habitual para o trabalho e repetidamente dou por mim a pensar que vai voltar a acontecer. Passou um ano e nada se fez.

13.2.09

Os trolhas

Imaginem freiras, uma espécie de hospital psiquiátrico feminino e obras. A isso juntem trolhas.
Gabo-lhes a paciência: esperam para ver bem quem se aproxima, se a transeunte não estiver de hábito nem com um olhar esgazeado, é certo que irão murmurar piropos. Não sei se têm um lema, mas se tiverem deve ser qualquer coisa do género: trolha é trolha, onde quer que seja a obra.

11.2.09

Três em um

Vicky Cristina Barcelona: o amor. Numa perspectiva algo disfuncional, hiperbolizada, é uma história de amor (a busca, a inconstância…). Na tela tudo parece um exagero, numa Barcelona quase sem turistas e com uma banda sonora contagiante. Mas vai-nos seduzindo e fazendo gargalhar (sobretudo com a fantástica prestação de Penélope Cruz).

Revolutionary Road: intenso. O comodismo e o caminho para a infelicidade, numa história que só não me conquistou mais porque não me pareceu nova. Kate Winslet fez-me lembrar ela própria em Little Children (a sua frustração com a vida tradicional que “escolheu”) e Jullianne Moore em As Horas (aqui até a época é a mesma).

O Casamento de Rachel: surpreendente. Por trás da perfeição dos preparativos de um casamento, escondem-se dramas e conflitos. Kym é a ovelha negra de uma família que precisa de um bode expiatório para continuar a fingir que tudo vai ficar bem.
Anne Hathaway dificilmente ganhará o Óscar, mas a sua nomeação é merecida.

6.2.09

Oh vida

Quase hora de almoço e eu agarrada à Wikipédia para ver se percebo de uma vez por todas o que me rodeia: Teresa de Jesus é a Teresa de Ávila, mas não confundir com a Teresa do Menino Jesus, ou Teresinha, porque essa é a Teresa de Lisieux… Vou continuar a investigar sozinha, na certeza de que caso pergunte a uma das chefes preparam-me logo um curso ou no mínimo uma longa sessão de esclarecimento.

Fugi eu da catequese e da religião e moral para isto.

4.2.09

Um novo tipo de blog

“Como ser uma exímia dona de casa” é um tipo de blog* que chegou com a crise. Ser poupado está na moda e começo a achar que mulheres prendadas ao estilo das nossas avós também.
Estou a torcer que a crise passe e que com ela leve estas pérolas.

* têm todo o tipo de informação absolutamente inútill, desde a arte de bem pilotar o fogão gastando pouco, até onde encontrar as cebolas mais em conta.

1.2.09

NY V: Onde ir?

Ficaria aqui ad eternum a dar dicas, a cada lembrança novas ideias vão surgindo, deixarei apenas algumas do que podem ver/fazer em Downtown:

- Greenwich Village e o SoHo: passear por estes bairros transporta-nos para o dia a dia dos seus moradores, num ritmo muito mais calmo do que em Midtown;

- Chinatown e Little Italy: enfrentem o medo e deixem-se levar por um dos muitos chineses que vos irão sussurrar: "handbags, handbags". Connosco a primeira abordagem foi assim que saímos do autocarro e pisámos Canal Street, depois de alguma resistência cedemos. Os níveis de adrenalina foram aumentando à medida que nos deixámos guiar por uma chinesa., requer alguma coragem, sentimos que estamos nas mãos deles e que a qualquer momento vamos ficar sem um rim, mas nada de mal nos aconteceu. Saímos de lá apenas com uma "Prada" de 35 dólares e com a sensação de que podíamos não ter trazido nada, não implicariam connosco, pediram-nos apenas que corrêssemos um pouco à saída, nada de estranho, dado o insólito de toda a situação;

- Apanhem o metro para Brooklyn Heigths, sigam as setas e deixem-se surpreender: a paisagem de Manhattan a partir da Ponte de Brooklyn é avassaladora. Infelizmente as minhas fotos estão péssimas, mas penso que atravessámos a ponte no melhor período, ao pôr do sol, quando os edifícios de um lado e do outro se iluminavam. No final da ponte encontrarão o City Hall e pouco mais à frente estarão no Ground Zero (o clima é pesadíssimo, o silêncio domina a zona apesar da multidão que por ali circula) e em plena zona financeira;

- Mesmo no fim da ilha está o Battery Park, é daí que partem os barcos turísticos que vão para a Estátua da Liberdade e Ellis Island. A viagem não é cara, cerca de 12 dólares, mas as filas costumam ser longas, por isso o meu plano era apanhar o ferry de Staten Island, gratuito e que possibilita a mesma vista magnífica. Como tive de oferta um Liberty Cruise, acabei por não testar.

Existem muito mais coisas para ver em NY, com estes posts pretendi apenas deixar algumas sugestões. Quando preparei a viagem encontrei muitas dicas em vários blogs que me foram muito úteis (bem mais do que qualquer guia de viagem), aqui procurei reunir parte dessa informação.

29.1.09

NY IV: Onde ir?

A todo o lado? Seria o ideal, mas como para tal era preciso ter mais do que sete diazinhos, sugiro que comecem pelas atracções gratuitas ou quase (e sempre se poupa para uma próxima viagem).

É fundamental passear a pé pelos diferentes bairros, ver e sentir as diferenças de rua para rua. Sugiro que comecem pela turística e frenética Times Square (sobretudo se também optarem por ficar no Ipanema Chalet), aqui sentimos que estamos mesmo em NY: gente, luzes e muito comércio, dia e noite, é o que se vê nos filmes e muito mais.

Outras atracções imperdíveis em Midtown:

- A 5ª Avenida, dando preferência ao troço entre as ruas 42 e a 59 irão encontrar: a Biblioteca Pública, o Bryant Park, a Saint Patrick Cathedral e mesmo em frente o Rockfeller Center, e uma autêntica avalanche de lojas de grandes marcas, culminando na Apple Store. Ao chegarem aqui, é só atravessar a rua e estarão no Central Park;



- O Central Park ficou naturalmente por explorar, o frio e a chuva não permitiram grandes passeios pelos seus 340 hectares (da rua 59 à 110), um autêntico oásis (artificial… dizem que só as pedras são originais da região) entre arranha-céus. Ali encontramos o Strawberry Fields, que homenageia John Lennon, que morou do outro lado da rua, no belíssimo edifício Dakota (belo e sem cozinhas… eles não cozinham mesmo);


- Do Dakota até ao Museu de História Natural é um pulinho. O museu é enorme, se não querem perder um dia inteiro sugiro que consultem o site e vejam as plantas, seleccionando as alas que mais vos possam interessar. Ai também ficarão a saber os horários e preços, chamo a atenção para a suggested admission, penso que ronda os 20 dólares, mas como o nome indica é apenas sugerida, podem dar quanto quiserem sem receio de possíveis reacções;

- Praticamente em frente ao Museu de História Natural, mas do outro lado do Central Park, encontra-se o Metropolitan Museum, um dos maiores museus do mundo, com colecções de todas as épocas, e também aqui se aplica a suggested admission (tanto num como noutro eu dei apenas 1 dólar). Melhor ainda, tem visitas gratuitas em várias línguas, incluindo em português. Podem procurar no site por Museum Highligths (An introduction to the Metropolitan's diverse and encyclopedic collection of art from all corners of the world, from the earliest times to the present), a visita dura cerca de uma hora e permite-nos ficar com uma ideia muito geral do que o museu oferece;

- Quando saírem do Met podem apanhar um transporte directo para a Grand Central Terminal, deslumbrem-se com a arquitectura (que vos será familiar) e espreitem também o magnífico Chrysler Building, relativamente perto encontram o Empire State Building.


Continua...

28.1.09

Em preparação...

Últimos posts sobre NY (a culpa é da preguiça).

23.1.09

Audácia

As mulheres que fazem ginástica dividem-se em dois grandes grupos: as que querem emagrecer e começam a aula logo a dizer o que querem (“eu quero emagrecer nos tornozelos!”??!!!...) e as que se habituaram a ir ao longo de todo o ano mesmo que não vejam diferenças quando se olham ao espelho. Incluo-me no segundo grupo e divirto-me bastante quando há alunas novas.
Na aula de ontem estreou-se uma colega (com mt kg a mais), fez várias recomendações ao Professor (que sensatamente fingiu que não a ouvia) e uma exigência: temos que exercitar os peitorais! Quero ficar rija para a praia e para o topless!
Viva a determinação! E a audácia! Sobretudo quando à frente está a colega responsável pela pastoral (sim, sim, há por cá quem se dedique apenas à evangelização) e se sabe que todas as paredes têm olhos e ouvidos. Esquecendo estes pormenores, desconfio que esta vai ser uma das primeiras a desistir (outra das características das do primeiro grupo). Se não desistir corre o risco de ouvir: menos colega, menos...
UPDATE (28/01): Aparentemente já desistiu, lamento, até tinha sido uma aula animada!

20.1.09

NY III: A New Birth of Freedom

Assim se refere o site oficial ao dia de hoje.
A obamamania fazia-se sentir fortemente quando estive em NY. O clima era sem dúvida de esperança: nas janelas de diversos apartamentos viam-se fotos de Obama e até em alguns estabelecimentos públicos, nomeadamente à porta de restaurantes (questionei-me diversas vezes se já lá estariam antes das eleições). E por todo o lado via-se o mais variado merchandising, gostei particularmente dos cupcakes com a cara de Obama, à venda no Chelsea Market, mas que me proibiram de fotografar… Pelos vistos outros clientes terão tido mais sorte (ou lata) e disponibilizaram as imagens no flickr (quando lá estive uma só montra era dedicada a Obama, mas segundo as fotos houve um período, provavelmente pré-eleitoral, em que terão agradado a democratas e republicanos).

Confirmei agora que no site da loja a celebração continua.

19.1.09

A CRISE

Esse bicho mau, que domina 90% das conversas actuais, começa a saturar-me. Não sou a única a achar que há um aproveitamento excessivo que justifica despedimentos, pedidos de subsídios e até um novo tipo de publicidade. Não tenho paciência para os anúncios do Belmiro, a fazer lembrar o tempo da outra senhora, e os pedidos do Balsemão, para o estado conceder benefícios fiscais às empresas que invistam em publicidade, porque por este andar não se sabe qual é o futuro da TV (ohhhhhhhhh).

O que vale é que ainda há quem vá fazendo o exercício da crise: Afinal, houve algum dia, nas nossas vidas, sem crise?

Com mais ou menos dificuldades, vamos sobreviver a mais esta!

18.1.09

NY II: O Primeiro Contacto

No Inverno anoitece cedo em NY (por volta das 16.30), era já noite quando chegámos a Manhattan, mas nem o frio, nem o cansaço, nos impediram de explorar a zona que nos rodeava. Como podíamos resistir se estávamos na cidade que nunca dorme e numa das épocas do ano de maior agitação?
As ruas estavam apinhadas de gente, a maioria carregando sacos enormes (a época oficial de saldos começara uns dias antes, imediatamente a seguir ao Thanksgiving Day) e vendo as decorações de Natal. Todos super agasalhados e muitos de copo de café na mão, sempre num ritmo acelerado, tal como se vê nos filmes (exceptuando a decoração de Natal, que me pareceu em menor número mas muito mais elegante).

Árvore de Natal do Rockefeller Center
(não é enorme e é um pinheiro natural, com luzes amigas do ambiente)

As primeiras horas foram de adaptação e de espanto. Tudo me parecia mais encantador ao vivo e incrivelmente acolhedor, os nova iorquinos são super simpáticos e a cidade é muito acessível até a um turista de primeira viagem. Em pouco tempo sentimo-nos familiarizados com a geografia rectilínea da ilha (10 avenidas na vertical, interceptadas por ruas na horizontal e cortadas por uma única avenida diagonal, a Broadway).

O Chrysler Building avistado a partir do Bryant Park
(um parque encantador, nesta altura com uma pista de gelo)

Para nos deslocarmos a melhor forma é comprar um metrocard logo à chegada, válido no metro e nos autocarros, por um período de 7 dias, custa 25 dólares. Contrariamente a tudo o que li, achei o metro de NY super prático, basta apanhar no sentido certo (Uptown ou Downtown), sendo sobretudo útil para percursos Norte/Sul, longos. Para percursos mais curtos, ou crosstown, os autocarro são melhor opção, embora mais lentos, permitem-nos apreciar a cidade.

Ponte de Brooklyn
(fotografada a partir do Pier 17, um porto restaurado)


Outra forma de ficarmos a conhecer a Grande Maçã é através dos autocarros turísticos, recomendo a quem tem pouco tempo ou àqueles que como eu querem ficar com uma noção geral do que NY oferece, explorando depois o que mais nos interessou e ao nosso próprio ritmo. Estas viagens custam cerca de 50 dólares, são válidas por 48h, em sistema hop-on hop-off, com guia local (falam apenas em inglês e tornam-se um pouco chatos* porque associam tudo a filmes), ao comprar a minha tive como oferta um cruzeiro na baixa de Manhattan, algo que inicialmente não queria fazer (por receio de hipotermia...) mas que acabou por ser um dos momentos mais inesquecíveis da viagem ;-)

Manhattan fotografada do Rio Hudson

* embora chatos, acho que jamais esquecerei a guia chino-americana que profundamente emocionada, ao passarmos junto a um memorial do 11 de Setembro, disse que nos queria agradecer por não desistirmos de viajar até lá, afirmando estar absolutamente convencida de que NY só recuperou dos atentados porque os turistas não desistiram de a visitar, recordando que após os ataques tudo parou durante cerca de 3 meses, devido ao pânico de que se repetisse.

Continuarei com mais algumas dicas!

13.1.09

O post prometido: NY I

Quando ir a Nova Iorque? Cada um saberá que época do ano prefere, com mais ou menos calor, mais ou menos turistas. Penso que quase todas as épocas têm o seu encanto, mas a que mais me atraía era sem dúvida a altura do Natal (sabendo à partida que alguns passeios estariam limitados, nomeadamente o Central Park), como é considerada época alta tinha duas possibilidades: ou comprava um pacote turístico (com um hotel fraco e ainda assim caro) ou planeava com alguma antecedência. Optei pela segunda.

A viagem é fácil de procurar, alguns sites permitem simulações com várias companhias aéreas, é o caso do edreams.com. O alojamento é que rapidamente se revelou difícil, de todos os destinos que já procurei NY é sem dúvida a que tem menor oferta e à primeira vista fica-se com a sensação de que um quarto duplo por menos de 200 dólares é missão impossível. Felizmente falaram-me do Ipanema Chalet!
A localização é perfeita, num cruzamento com a 5ª Av, a 5 min do Rockefeller Center e a 10 min da Times Square. Os quartos não são fabulosos, mas são grandes, limpos e a língua oficial é o Português (um dos poucos sinais de que estamos na Little Brazil). O único inconveniente é que tem pouco mais do que 10 quartos, por isso as reservas devem ser feitas com muita antecedência (uns 6 meses).

Já com o voo comprado e o hotel reservado*, esperei ansiosamente pela data. No dia 6 de Dezembro aterrei em Newark, 8h de voo sem qualquer sobressalto, à chegada encontrei o que li como sendo “a versão moderna da chegada a Ellis Island”. Uma fila longa que mal andava, no final da qual um a um todos éramos interrogados: Motivo da viagem? Onde vamos ficar e durante quanto tempo? Temos familiares nos EUA? Profissão?... E já não sei o que mais. Pelo meio somos fotografados e recolhem-nos as impressões digitais (não ficamos com os dedos todos borrados logo à chegada, é digital).

Finalmente livres, aos corajosos (que não ficam atordoados com voos longos e chegam cheios de energia) e com pouca bagagem, sugiro que apanhem o comboio até à grande maçã, aos mais comodistas, como eu, sugiro que apanhem um shuttle, um mini bus que nos deixa à porta do hotel (e que no regresso nos foi buscar à hora marcada), é uma opção muito mais barata do que um táxi.

O relato continuará…
*gastanto pouco mais de metade do que o pedido pelos pacotes das agências

8.1.09

Para breve

Algumas informações mais ou menos úteis sobre NY.
Porque me tinham dado jeito se as tivesse encontrado num só blog e porque não me quero esquecer de nada desta viagem ;-)

2.1.09

Eu trabalho numa espécie de resort*

Há cabeleireiro, bar, salas de animação e ginásio! As inscrições estão abertas e se houver quorum tenho o primeiro desafio do ano solucionado ;-) (e é gratuito!).

*o objectivo final também é parecido, partir com energias restabelecidas.