29.1.09

NY IV: Onde ir?

A todo o lado? Seria o ideal, mas como para tal era preciso ter mais do que sete diazinhos, sugiro que comecem pelas atracções gratuitas ou quase (e sempre se poupa para uma próxima viagem).

É fundamental passear a pé pelos diferentes bairros, ver e sentir as diferenças de rua para rua. Sugiro que comecem pela turística e frenética Times Square (sobretudo se também optarem por ficar no Ipanema Chalet), aqui sentimos que estamos mesmo em NY: gente, luzes e muito comércio, dia e noite, é o que se vê nos filmes e muito mais.

Outras atracções imperdíveis em Midtown:

- A 5ª Avenida, dando preferência ao troço entre as ruas 42 e a 59 irão encontrar: a Biblioteca Pública, o Bryant Park, a Saint Patrick Cathedral e mesmo em frente o Rockfeller Center, e uma autêntica avalanche de lojas de grandes marcas, culminando na Apple Store. Ao chegarem aqui, é só atravessar a rua e estarão no Central Park;



- O Central Park ficou naturalmente por explorar, o frio e a chuva não permitiram grandes passeios pelos seus 340 hectares (da rua 59 à 110), um autêntico oásis (artificial… dizem que só as pedras são originais da região) entre arranha-céus. Ali encontramos o Strawberry Fields, que homenageia John Lennon, que morou do outro lado da rua, no belíssimo edifício Dakota (belo e sem cozinhas… eles não cozinham mesmo);


- Do Dakota até ao Museu de História Natural é um pulinho. O museu é enorme, se não querem perder um dia inteiro sugiro que consultem o site e vejam as plantas, seleccionando as alas que mais vos possam interessar. Ai também ficarão a saber os horários e preços, chamo a atenção para a suggested admission, penso que ronda os 20 dólares, mas como o nome indica é apenas sugerida, podem dar quanto quiserem sem receio de possíveis reacções;

- Praticamente em frente ao Museu de História Natural, mas do outro lado do Central Park, encontra-se o Metropolitan Museum, um dos maiores museus do mundo, com colecções de todas as épocas, e também aqui se aplica a suggested admission (tanto num como noutro eu dei apenas 1 dólar). Melhor ainda, tem visitas gratuitas em várias línguas, incluindo em português. Podem procurar no site por Museum Highligths (An introduction to the Metropolitan's diverse and encyclopedic collection of art from all corners of the world, from the earliest times to the present), a visita dura cerca de uma hora e permite-nos ficar com uma ideia muito geral do que o museu oferece;

- Quando saírem do Met podem apanhar um transporte directo para a Grand Central Terminal, deslumbrem-se com a arquitectura (que vos será familiar) e espreitem também o magnífico Chrysler Building, relativamente perto encontram o Empire State Building.


Continua...

28.1.09

Em preparação...

Últimos posts sobre NY (a culpa é da preguiça).

23.1.09

Audácia

As mulheres que fazem ginástica dividem-se em dois grandes grupos: as que querem emagrecer e começam a aula logo a dizer o que querem (“eu quero emagrecer nos tornozelos!”??!!!...) e as que se habituaram a ir ao longo de todo o ano mesmo que não vejam diferenças quando se olham ao espelho. Incluo-me no segundo grupo e divirto-me bastante quando há alunas novas.
Na aula de ontem estreou-se uma colega (com mt kg a mais), fez várias recomendações ao Professor (que sensatamente fingiu que não a ouvia) e uma exigência: temos que exercitar os peitorais! Quero ficar rija para a praia e para o topless!
Viva a determinação! E a audácia! Sobretudo quando à frente está a colega responsável pela pastoral (sim, sim, há por cá quem se dedique apenas à evangelização) e se sabe que todas as paredes têm olhos e ouvidos. Esquecendo estes pormenores, desconfio que esta vai ser uma das primeiras a desistir (outra das características das do primeiro grupo). Se não desistir corre o risco de ouvir: menos colega, menos...
UPDATE (28/01): Aparentemente já desistiu, lamento, até tinha sido uma aula animada!

20.1.09

NY III: A New Birth of Freedom

Assim se refere o site oficial ao dia de hoje.
A obamamania fazia-se sentir fortemente quando estive em NY. O clima era sem dúvida de esperança: nas janelas de diversos apartamentos viam-se fotos de Obama e até em alguns estabelecimentos públicos, nomeadamente à porta de restaurantes (questionei-me diversas vezes se já lá estariam antes das eleições). E por todo o lado via-se o mais variado merchandising, gostei particularmente dos cupcakes com a cara de Obama, à venda no Chelsea Market, mas que me proibiram de fotografar… Pelos vistos outros clientes terão tido mais sorte (ou lata) e disponibilizaram as imagens no flickr (quando lá estive uma só montra era dedicada a Obama, mas segundo as fotos houve um período, provavelmente pré-eleitoral, em que terão agradado a democratas e republicanos).

Confirmei agora que no site da loja a celebração continua.

19.1.09

A CRISE

Esse bicho mau, que domina 90% das conversas actuais, começa a saturar-me. Não sou a única a achar que há um aproveitamento excessivo que justifica despedimentos, pedidos de subsídios e até um novo tipo de publicidade. Não tenho paciência para os anúncios do Belmiro, a fazer lembrar o tempo da outra senhora, e os pedidos do Balsemão, para o estado conceder benefícios fiscais às empresas que invistam em publicidade, porque por este andar não se sabe qual é o futuro da TV (ohhhhhhhhh).

O que vale é que ainda há quem vá fazendo o exercício da crise: Afinal, houve algum dia, nas nossas vidas, sem crise?

Com mais ou menos dificuldades, vamos sobreviver a mais esta!

18.1.09

NY II: O Primeiro Contacto

No Inverno anoitece cedo em NY (por volta das 16.30), era já noite quando chegámos a Manhattan, mas nem o frio, nem o cansaço, nos impediram de explorar a zona que nos rodeava. Como podíamos resistir se estávamos na cidade que nunca dorme e numa das épocas do ano de maior agitação?
As ruas estavam apinhadas de gente, a maioria carregando sacos enormes (a época oficial de saldos começara uns dias antes, imediatamente a seguir ao Thanksgiving Day) e vendo as decorações de Natal. Todos super agasalhados e muitos de copo de café na mão, sempre num ritmo acelerado, tal como se vê nos filmes (exceptuando a decoração de Natal, que me pareceu em menor número mas muito mais elegante).

Árvore de Natal do Rockefeller Center
(não é enorme e é um pinheiro natural, com luzes amigas do ambiente)

As primeiras horas foram de adaptação e de espanto. Tudo me parecia mais encantador ao vivo e incrivelmente acolhedor, os nova iorquinos são super simpáticos e a cidade é muito acessível até a um turista de primeira viagem. Em pouco tempo sentimo-nos familiarizados com a geografia rectilínea da ilha (10 avenidas na vertical, interceptadas por ruas na horizontal e cortadas por uma única avenida diagonal, a Broadway).

O Chrysler Building avistado a partir do Bryant Park
(um parque encantador, nesta altura com uma pista de gelo)

Para nos deslocarmos a melhor forma é comprar um metrocard logo à chegada, válido no metro e nos autocarros, por um período de 7 dias, custa 25 dólares. Contrariamente a tudo o que li, achei o metro de NY super prático, basta apanhar no sentido certo (Uptown ou Downtown), sendo sobretudo útil para percursos Norte/Sul, longos. Para percursos mais curtos, ou crosstown, os autocarro são melhor opção, embora mais lentos, permitem-nos apreciar a cidade.

Ponte de Brooklyn
(fotografada a partir do Pier 17, um porto restaurado)


Outra forma de ficarmos a conhecer a Grande Maçã é através dos autocarros turísticos, recomendo a quem tem pouco tempo ou àqueles que como eu querem ficar com uma noção geral do que NY oferece, explorando depois o que mais nos interessou e ao nosso próprio ritmo. Estas viagens custam cerca de 50 dólares, são válidas por 48h, em sistema hop-on hop-off, com guia local (falam apenas em inglês e tornam-se um pouco chatos* porque associam tudo a filmes), ao comprar a minha tive como oferta um cruzeiro na baixa de Manhattan, algo que inicialmente não queria fazer (por receio de hipotermia...) mas que acabou por ser um dos momentos mais inesquecíveis da viagem ;-)

Manhattan fotografada do Rio Hudson

* embora chatos, acho que jamais esquecerei a guia chino-americana que profundamente emocionada, ao passarmos junto a um memorial do 11 de Setembro, disse que nos queria agradecer por não desistirmos de viajar até lá, afirmando estar absolutamente convencida de que NY só recuperou dos atentados porque os turistas não desistiram de a visitar, recordando que após os ataques tudo parou durante cerca de 3 meses, devido ao pânico de que se repetisse.

Continuarei com mais algumas dicas!

13.1.09

O post prometido: NY I

Quando ir a Nova Iorque? Cada um saberá que época do ano prefere, com mais ou menos calor, mais ou menos turistas. Penso que quase todas as épocas têm o seu encanto, mas a que mais me atraía era sem dúvida a altura do Natal (sabendo à partida que alguns passeios estariam limitados, nomeadamente o Central Park), como é considerada época alta tinha duas possibilidades: ou comprava um pacote turístico (com um hotel fraco e ainda assim caro) ou planeava com alguma antecedência. Optei pela segunda.

A viagem é fácil de procurar, alguns sites permitem simulações com várias companhias aéreas, é o caso do edreams.com. O alojamento é que rapidamente se revelou difícil, de todos os destinos que já procurei NY é sem dúvida a que tem menor oferta e à primeira vista fica-se com a sensação de que um quarto duplo por menos de 200 dólares é missão impossível. Felizmente falaram-me do Ipanema Chalet!
A localização é perfeita, num cruzamento com a 5ª Av, a 5 min do Rockefeller Center e a 10 min da Times Square. Os quartos não são fabulosos, mas são grandes, limpos e a língua oficial é o Português (um dos poucos sinais de que estamos na Little Brazil). O único inconveniente é que tem pouco mais do que 10 quartos, por isso as reservas devem ser feitas com muita antecedência (uns 6 meses).

Já com o voo comprado e o hotel reservado*, esperei ansiosamente pela data. No dia 6 de Dezembro aterrei em Newark, 8h de voo sem qualquer sobressalto, à chegada encontrei o que li como sendo “a versão moderna da chegada a Ellis Island”. Uma fila longa que mal andava, no final da qual um a um todos éramos interrogados: Motivo da viagem? Onde vamos ficar e durante quanto tempo? Temos familiares nos EUA? Profissão?... E já não sei o que mais. Pelo meio somos fotografados e recolhem-nos as impressões digitais (não ficamos com os dedos todos borrados logo à chegada, é digital).

Finalmente livres, aos corajosos (que não ficam atordoados com voos longos e chegam cheios de energia) e com pouca bagagem, sugiro que apanhem o comboio até à grande maçã, aos mais comodistas, como eu, sugiro que apanhem um shuttle, um mini bus que nos deixa à porta do hotel (e que no regresso nos foi buscar à hora marcada), é uma opção muito mais barata do que um táxi.

O relato continuará…
*gastanto pouco mais de metade do que o pedido pelos pacotes das agências

8.1.09

Para breve

Algumas informações mais ou menos úteis sobre NY.
Porque me tinham dado jeito se as tivesse encontrado num só blog e porque não me quero esquecer de nada desta viagem ;-)

2.1.09

Eu trabalho numa espécie de resort*

Há cabeleireiro, bar, salas de animação e ginásio! As inscrições estão abertas e se houver quorum tenho o primeiro desafio do ano solucionado ;-) (e é gratuito!).

*o objectivo final também é parecido, partir com energias restabelecidas.