29.8.08

Meu querido mês de Agosto: o balanço

- Poucas férias, mas boas, boas mesmo. Com amigos, risos, lugares que revisitei e redescobri. Tudo a repetir!

- Reembolso do IRS, não foi muito, mas foi tudo o que descontei (3 meses) e um bocadinho mais (porque os senhores das finanças tiveram peninha de mim, agora convém é que para o ano façam o mesmo, boa?).

- Cartão jovem por mais um ano! Desconfio que enganei o menino dos CTT, mas estou-lhe muito agradecida :-) (assim assegurei mais um ano de ginástica com 50% de desconto).


Para silly season nem foi nada mau!

28.8.08

Começou

Dou por iniciada a era dos casamentos entre os meus amigos. Não foi uma surpresa, com excepção da data, que ainda me parece longínqua: 15 de Agosto de 2009 - haja confiança e determinação. Fiquei naturalmente feliz, é um desejo dos dois, só posso desejar as maiores felicidades.
Um único senão, o pedido da noiva, quer a minha ajuda na escolha do vestido. Eu a escolher um modelo suspiro? Oh god, essa parte se calhar não vai correr bem…

J.O.

Até ao momento não havia neste blog uma única referência a esse grande evento. Foi uma forma de protesto pela passividade nacional, faz-me confusão o escândalo que houve quando o Bernardino Soares disse que a Coreia do Norte era uma democracia (ou algo assim) e a naturalidade com que se aceitou que a China organizasse os jogos. Outros valores falam mais alto, como sempre.
Mas tenho que admitir que terminou em beleza. Grande Nelson Évora! Não só um dos melhores atletas que passou por Pequim como sem dúvida um dos mais giros ;-)

26.8.08

Wall – E

Li algures, penso que no Cinecartaz, que Wall-E é cinema em estado puro, por se tratar sobretudo de uma experiência visual. E que experiência!
A narrativa desenvolve-se a partir da imagem e conta-nos a história de um robô (e de uma barata…), únicos sobreviventes do planeta. A Terra transformou-se numa imensa lixeira, em consequência do consumismo desmedido e viu os seus habitantes partirem para o espaço, mas será palco de um encontro inter -galáctico e de uma irresistível história de amor.
Wall – E é um filme ternurento e simultaneamente satírico. Imperdível.

E que me acompanhou no sono, acordei a ouvir Wall – Eeeeeeeeeeeeeeeeee.

25.8.08

Sister Itália 2008

Para acabar com a ideia de que só as mulheres feias se entregam a Deus, um concurso irá eleger a freira mais giraça. Nem sei porque fiquei inicialmente surpreendida com a notícia, a minha chefe calça saltos altos quando veste o hábito. E pode ser que depois do concurso (e das revelações que dai advenham) me deixe de dizer com tanta frequência «Hoje vens fresquinha».

24.8.08

Acabaram-se as férias


Avizinha-se uma semana difícil...

Foto: montra da Ladurée, a inventora dos macarrons.

20.8.08

Countdown


Este ano as férias são assim. Três dias num lado, três dias noutro. Melhor do que nada.
Daqui a umas horas rumo em direacção ao Sul (se os senhores dos Expressos me levarem, alguém já tentou comprar bilhetes online, por sms ou simplesmente ligar para reserver? Nada funciona, é muito bom).

Imagem
daqui.

Notícias do mundo animal

A Casquinha pôs dois ovos. Mais de um mês depois de termos tido a confirmação de que é uma fêmea (felizmente, este nome num macho podia ter-lhe provocado conflitos existenciais) e que estaria a desenvolver ovos, cá está a confirmação. Não percebemos exactamente porquê agora, mas parece que ao fim de 15 anos de vida resolveu viver uma experiência diferente. É justo.

Mas com este título não podia deixar de escrever sobre a reportagem que vi ontem, sobre o Alberto João Jardim a passear numa praia. Confesso que não consegui perceber metade (apenas algo como "ah não, eu falei nisso mas um novo partido não é para já, que nós não queremos a desunião" LOL), porque estava maravilhada a vê-lo desfilar de calções e a tentar perceber se estava a ver bem: o homem tinha um boné que dizia independência e uma bandeira da Catalunha?! Ele supera-se!

19.8.08

E pronto, já cá estou...

Foram 3 dias fantásticos e merecem alguns posts, mas agora o tempo não é muito. Para a semana haverá fotos de Paris.

14.8.08

Vou ali...


Espreitar se o azul que tem por estes dias lhe fica bem.

Imagem daqui.

À bientôt!

11.8.08

Será só impressão minha?

A partir de determinada idade somos o que fazemos e nada mais. As questões entre pessoal com mais de 20 anos andam sempre em torno do mesmo. Depois de terminados os cursos pergunta-se “então e o que é que fazes?”. E lá começa a k7 habitual e com ela uma espécie de luta pelo pódio do sofrimento. Ninguém está feliz, nunca se tem dinheiro nem tempo para nada.
E se temos a ousadia de expressar algum contentamento com a vida, a coisa também não corre melhor. Somos olhados de soslaio e das duas uma: subitamente o interlocutor tem uma vida melhor do que a nossa ou acha-nos inconscientes.

Estou mesmo farta desta k7. E sobretudo da que grita “falta de tempo” e que indirectamente me rotula de desocupada. Não é a falta de tempo que nos afasta. É a falta de vontade.

8.8.08

Outras formas de preconceito

Ontem, durante o já célebre sequestro, os jornalistas da sic, embora fossem referindo que tinham poucas informações, insistiam em dizer que os reféns eram uma funcionária do banco e o gerente do mesmo. Afinal, parece que era o contrário.

Outra particularidade foi a reviravolta nas directrizes do directo. Quando foram divulgadas as primeiras imagens com os sequestrados à porta do banco, a emissão foi interrompida e o jornalista disse tratar-se de um momento muito delicado, “não nos sentimos à vontade para continuar”. Entretanto houve um curto intervalo, devem ter visto que na tvi se estavam a matar touros em directo e acharam por bem prosseguir a emissão.

7.8.08

Preciso de férias...

Não gosto de blogs que revelam onde estão os últimos visitantes. Começo a ver que alguém acedeu a partir de Paris, São Paulo, Porto e o último, a partir do Cacém, pensei logo (num momento pouco preconceituoso): q'horror! E depois percebi que o último era mesmo eu... Ao menos se fosse Belas sempre era mais fofo.

6.8.08

Fritos, nunca mais

Em primeiro lugar segue o que vale a pena repetir, especialmente em dias de calor diabólico.


Para dentro do liquidificador (convém dar-lhe uso de vez em quando) foram tomates, pepino, miolo de pão a sério*, uma tira de pimento, alho, azeite e sal. Liguei a maquineta e fui acrescentando um bocadinho de água e vinagre.
Devia ter ido ao frigorífico a seguir, mas não foi.

Acrescentei a côdea do pão e coentros. E assim se fez um gaspacho, algures entre o andaluz e o alentejano.

Ontem fiz falafel. Pela primeira vez na vida coloquei grão de molho. O sabor nem estava mau, mas a vontade de hoje voltar a casa não é nenhuma. Desconfio que nunca mais me livro do cheiro a fritos (e ainda ficou por fritar o suficiente para matar a fome a uma tribo de África...).

* A última açorda que comi no Alentejo foi feita com baguetes. Inesquecível e intragável.

4.8.08

Efemérides I

No dia 2 de Agosto de 2003, 4 raparigas apanharam o primeiro de muitos comboios que as levaria a uma das mais marcantes, senão a mais marcante, viagem das suas vidas.
O meu interrail foi há 5 anos, mas muitas das recordações estão ainda tão presentes que parece que foi ontem.

Efemérides II

Se fosse vivo, Zeca Afonso comemorava no dia 2 de Agosto mais um aniversário*. Não sei se a efeméride foi recordada na tv, apenas ontem à noite a liguei e deparei-me com o oposto dos ideais do Zeca. Muito me ri com o documentário de Maria de Medeiros, Cartas a uma Ditadura, em que várias mulheres assumem a sua admiração pelo ditador, defensor dos mesmos valores que elas: Deus, Pátria e Família. Gostei particularmente de um conselho que uma delas deu às jovens de hoje: «Não trabalhem fora de casa! A família é tudo e um homem com uma boa mesa é um homem satisfeito!», porque há que definir prioridades, primeiro o chefe de família, depois nós ;-) Mas para que não se ficasse apenas com a visão das elites, bastava mudar para o canal 1 e assistir à reposição do Conta-me como foi.

Entre os que fizeram oposição ao regime, Zeca Afonso distinguiu-se como um dos mentores da canção de intervenção, conciliando a música popular portuguesa e a poesia, com as palavras de protesto.

Utopia é uma das minhas músicas favoritas, nela preconizou a cidade socialista.

João Afonso - Utopia



Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora.


* a minha avó materna também (o mesmo dia, o mesmo ano)

1.8.08

Obrigada, Cavaco

Contribuíste, em grande, para a ideia geral de que os políticos vivem alheados da realidade. Atravessamos uma das maiores crises dos últimos 20 anos, a precariedade reina, a pobreza aumenta e a desigualdade social é gritante. Mas tu achaste por bem interromper os teus dias de descanso (aqueles a que os precários não têm direito) para falares à nação sobre esse assunto que a todos preocupa, tira horas de sono e o pão da mesa. Os estatutos dos Açores. É isso, é essa noção de realidade que faz toda a diferença.