29.6.07

Curioso

Deparei-me ainda agora com um modelo de um contrato de trabalho de 1959 e uma das cláusulas diz: Gozar férias de 30 dias anuais. Ou isto nunca foi cumprido, ou estamos a regredir até comparativamente ao período do Estado Novo.
E isto pouco depois da tal Comissão do Livro Branco vir chocar aqueles q ainda acreditam nos valores de Abril, ou mais q n seja, defendem o trabalho digno e com direitos.
Será que já não existem direitos inalienáveis?

27.6.07

Mundo Cruel

Eu até estava a achar a iniciativa engraçada, mas... q ideia é a vossa de incluirem aí a minha casa?! EU GOSTO. MUITO.

25.6.07

Berardices

Nas notícias da manhã ouvi q o Museu Berardo é hoje inaugurado. N ouvi onde é q anda o Museu do Design, mas nem vale a pena chegar a essa questão.
Joe Berardo é agora dono e senhor de uma sala de exposições q nasceu para acolher exposições temporárias, expõe as suas peças e em troca o estado português ainda lhe paga.
O director é um francês licenciado em História, perante isto tb n consigo deixar de pensar se em Portugal n há ninguém à altura de tal cargo?! A tudo isto ainda acresce o facto de n conseguir perceber de onde vêm os milhões de Berardo, alguém me sabe dizer quais são os seus meios de produção?

PS: E eu q andava a escrever uns posts tão “levezinhos”…

24.6.07

Cheia de Estilo

A Mini faz 35 anos e apresenta uma edição limitada com quatro rótulos diferentes projectados por designers. Bonita e fresca, só pode ser irresistível!

23.6.07

Praia

Recuperei as fotos das férias! E com elas o desejo de mais dias de praia ;-)




22.6.07

Fim de Semana à Porta


Quero ir ver!

15.6.07

Para Ler Antes de Morrer

Por esquecimento, não fiz nenhuma referência à Feira do Livro. Este ano, e porque a primeira semana de feira coincidiu com as minhas férias, fiz uma única e rápida visita ao Parque Eduardo VII. Tinha prometido a mim mesma não comprar nada, pois na semana anterior tinha feito uma encomenda de alguns livros que desejava ter há algum tempo. Mas não resisti ao preço tentador deste livro do dia:



1001 Livros Para Ler Antes de Morrer é uma selecção eléctica dos supostamente melhores romances de todos os tempos e é necessariamente uma escolha limitada e profundamente subjectiva, mas agradável de ser folheada, funcionando como guia cronológico e de referência. E qual não foi o meu espanto ou encontrar aqui a Rebeca !?
Claro que muitos outros romances ficaram de fora, pois felizmente não existem critérios standard para a literatura.


Escolha igualmente ecléctica foi a tal encomenda que fiz dias antes desta compra, mas que só ontem fui levantar:

Já há algum tempo escrevi sobre o meu desejo de ler O Segredo de Charlotte Bronte, sem dúvida uma das minhas escritoras favoritas, sobretudo graças a Jane Eyre, onde magnificamente descreveu a sociedade patriarcal da Inglaterra vitoriana. As outras escolhas também foram emotivas. Gunter Grass e Sylvia Plath ainda não conheço, Milan Kundera ainda estou a conhecer, e claro, não resisti e já confirmei que todos estes autores são referenciados no 1001 Livros Para Ler Antes de Morrer. A única excepção é Bernard Lewis, que não é um romancista mas que se dedica a um tema ao qual eu também me devia dedicar...

Boas leituras ;-)

14.6.07

Marvila é linda!

Ou nem por isso... Teria corrido tudo mto bem n fosse o enorme tormento q vivi para regressar a casa. Eu e milhares de lisboetas. Como é q é possível q no dia em q mais gente sai à noite, na capital do país, n sejam reforçados os transportes públicos? Será q os 12 candidatos tiveram a mm dificuldade? O Carmona já se sabe q n, ele e a sua pequerrucha Gabriela Seara devem ter conseguido escapar de mota.
Outro tormento, associado a uma ansiedade terrível, é o q continuo a viver por aqui. Como escrevi no último post, estamos em período de eleições (estão, eu n voto), e o primeiro, e mais importante resultado, n é nada favorável à minha permanência aqui. Valha-me Santo António e todos os outros!

10.6.07

Habemus Papam

Esta semana q se aproxima será de reflexão e de eleição.

Q os deuses me ajudem pq em causa tb está o meu futuro, dp de Agosto tudo é uma incerteza.

8.6.07

Hoje sinto-me assim...

O grito, E. Munch

A notícia no trabalho foi boa mas o preço a pagar é elevado.

6.6.07

Sem Fotos

Gostava de escrever algo sobre as férias, mas o melhor q podia apresentar eram as fotografias, q por qq coisa q ainda n consegui perceber, teimam em n querer passar para o pc. Disseram-me q a solução talvez fosse comprar um leitor de cartões, mas numa altura em q o tlm tb resolveu avariar, vou aguardar por outro solução. Se as recuperar, logo escreverei.
Mas nem tudo é mau. Qdo regressei tive uma boa notícia no trabalho ;)

3.6.07

Greve

No último dia de férias, faço o balanço destes dias. Começo pelo pior. A greve.
Ouvi os diferentes números e dei por mim simplesmente a agradecer o facto de estar de férias. Não fiz greve e não faria. Não posso fazer porque tenho medo.

Poema Pouco Original do Medo

O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis

Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no tecto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos

O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projetos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles

Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados

Ah o medo vai ter tudo
tudo

(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)

O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos a ratos

Sim
a ratos

Alexandre O'Neill
(1924-1986)

Arrepiantemente actual, não é?