29.9.08

Estive no Bali

Uma hora e picos no paraíso, ali para os lados de Alcoentre. A 50 km de Lisboa os spas são pequenos gabinetes de estética, onde por 20 euros nos envolvem em especiarias (a dada altura era capaz de jurar que cheirava a lombo de porco assado…) e nos fazem esquecer quem somos e onde estamos. O ritual do Bali é por isso uma experiência a repetir (e a procurar, como missão impossível, em Lx a um preço semelhante).

25.9.08

Querem que definhe

Li um artigo qualquer a propósito do Dia Mundial do Coração, que se celebra num destes dias (estava concentradíssima no artigo, como se pode concluir), que fazia várias referências ao IMC, como um dos indicadores do nível de risco de doenças cardiovasculares.
Nada de novo, mas como não sei calcular o IMC resolvi pesquisar e fui parar ao site da Roche. Depois de fazer o cálculo vi que também era possível determinar as necessidades calóricas diárias.

E foi isto que me recomendaram: Neste caso, as necessidades calóricas diárias são de 1570 Kcal.

Assim caiu por terra a minha ideia de que uma mulher adulta devia ingerir uma média de 2000 Kcal e um homem 2500.

Ou caiu por terra ou estes senhores da Roche estão mas é parvos e a contribuírem para que se mantenha o ideal (que eu achava que estava ultrapassado) de magreza extrema.

23.9.08

Quero mais

Quero ser uma pessoa que precisa de formação* para passar mais dias de trabalho em Lx, e assim deleitar-me, ainda que rapidamente, com sushi ao almoço. Ou melhor, deleitar-me pontualmente com sushi ao almoço. Não que tenha medo de ficar com barbatanas, é mais por não saber ao certo durante quanto tempo poderei pagar a renda da casa, como isto anda mais dia menos dia ou se come ou se paga a renda.

E já noite dentro, a melhor das surpresas, Jane Eyre na RTP2. Quando me perguntam qual é o meu livro favorito, as dúvidas são imensas, mas inevitavelmente penso em Jane Eyre. Sim, é provavelmente o meu favorito e foi uma agradável surpresa ver a 1º parte da versão adaptada pela BBC. Na próxima 2ª feira há mais.

* eu que nem gosto de modas, acabo por adorar a moda das formações para tudo e mais alguma coisa.

21.9.08

Erros bons

São os dos meteorologistas, que davam um dia de Inverno para o sul e afinal fomos brindados com muito sol e tarde de praia.
Absolutamente relaxante.
E para maior júbilo ainda o facto de amanhã ser uma segunda-feira atípica, em que ficarei pela capital. É muito bom trocar as voltas à rotina.

19.9.08

Querido blog

Não estás abandonado. Mas a vontade de escrever não tem sido grande, como tal, não o tenho feito.


Liberdade

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

16.9.08

Diversão ao pequeno almoço

Ouvir o Alberto João a reagir à possibilidade de Morais Sarmento um dia vir a candidatar-se à liderança do PSD: «Ele disse isso como os que moram nas Casas de Saúde* dizem ser Napoleão ou Júlio César.»

Eles são adoráveis.

* a terminologia actual é clínicas psiquiátricas.

12.9.08

E não é que (quase) acertou?

Um jogo japonês que indica a idade do nosso cérebro. Pelo menos era o que dizia o site que me encaminhou até lá (que entretanto já não sei qual é, o que diz alguma coisa sobre o meu cérebro...).

Regras:
1 - tecla start
2 - aguardar pelo 3, 2, 1
3 - memorizar os números e clicar nos círculos, do menor para o maior
4 - no final aparece a idade do cérebro do jogador .

O meu 1º resultado...

Nas tentativas seguintes o resultado foi sempre diferente ;-)

Afinal eu não sou infeliz

O que vale é que o espaço que me faz questionar se é esta a vida que quero, também me dá respostas.

Junto à máquina do café, à hora de almoço:
Eu - O que é que está aqui a fazer?
Ela - Estou à espera dos meus filhos.
(silêncio)
Ela - Vêm sempre aos sábados.
Eu - Hoje é 6ª, eles só vêm amanhã.

E depois sinto-me mal por todas as vezes em que lamento a minha sorte.

11.9.08

Porque eu continuo sem conduzir….

Vou-me habilitando a estes momentos. Apanhei o mesmo autocarro que uma colega e o diálogo iniciou-se com qualquer coisa do tipo: Já foste de férias?
E lá lhe comecei a explicar que não tinha propriamente férias, porque estou a recibos e tal. O ar de choque dela ia aumentando à medida que me fazia mais perguntas: E descontaram-te os dias que faltaste? Mas não estás cá há coisa de um ano? Mas?! Mas?!...
E por esta altura eu só desejava que ela se calasse e não me fizesse sentir a pessoa mais infeliz do mundo…
Depois começou a dizer mal da instituição, como não tenho termo de comparação as minhas críticas são sempre reservadas, mas ela tem e o que disse não foi bonito.
Despediu-se dizendo: Vamos ter agora uma iniciativa na praia, para isto continuar bem só faltava que chovesse.
Já começou.

10.9.08

E a saga continua...

A festa acabou. O Verão idem. Para terminar tudo em beleza ontem regressei ao Julgado de Paz, desta vez como testemunha.
«Jura dizer a verdade, toda a verdade, blá blá blá, caso contrário incorre numa pena blá blá blá». Muito divertido, para no fim irmos todos para casa porque não houve acordo. Agora esperamos pela sentença.

E subitamente tenho imensa vontade de estar em Setembro mas em vésperas de início de mais um ano lectivo.

6.9.08

4.9.08

Eu sou uma pessoa que sofre dos nervos

Eu aguento relativamente bem as 3 mil notícias por dia sobre assaltos. Depois de ler este post, compreendi melhor o fenómeno, naturalmente já tinha pensado que há aqui um efeito em cadeia, mas não sabia que era uma constatação científica, porque no fundo tinha esperança de que os média estivessem simplesmente a exagerar.
O que é certo é que isto já extrapolou a caixinha mágica. De há uns tempos para cá começou a ser comum ver e ouvir no metro, constantemente, a indicação de algo do tipo: Proteja os seus bens. Cuidado com os carteiristas.
É uma chamada de atenção, parece-me bem.
Mas eu sou atenta ao que me rodeia em todas as circunstâncias e no metro não é excepção.
Ontem, na estação da Alameda, havia a correria habitual da hora de ponta. Comecei por reparar num puto (16 anos no máximo) que me olhava fixamente e inevitavelmente pensei: Não serei um bocado cota para ti? O pensamento congelou quando me apercebi que enquanto olhava para mim brincava com uma ponta e mola. Acelerei o passo e escondi-me entre a multidão.
Num movimento habitual, procurei um dos painéis electrónicos para ver as horas, a mensagem era diferente: ATENÇÃO: CARTEIRISTAS NESTA ESTAÇÃO!
Eu só queria saber as horas e por esta altura já estava a pensar se não me sairia mais económico ir apanhar um táxi. Em pânico, e incrédula com a apatia da multidão, lá me enfiei no metro e já em casa só conseguia pensar que raio de forma de desresponsabilização será esta, em que nos informam que estão a decorrer assaltos num determinado perímetro e nada é feito.
E este não é um relato de quem andou de metro pela primeira vez. É todos os dias. Mas até agora a minha grande preocupação era outra parte do percurso (a linha de Sintra).
Vamos ver até onde o medo nos leva. Eu dei por mim a pensar: ou me despeço e fico trancada em casa, ou tenho que pedir um quarto às chefes. Entre uma opção e outra, venha o diabo e escolha.