30.5.08

A Gorda, no Villaret

Peça do dramaturgo Neil LaBute, conta a história de um rapaz magro e elegante que se apaixona por uma rapariga gorda. Juntos confrontam-se com os preconceitos da sociedade contemporânea, obcecada com a imagem.
Nos papéis principais estão Ricardo Pereira e Carla Vasconcelos. O primeiro alegra a vista e pouco mais, não cheguei a perceber se o exagero da personagem era defeito ou feitio, ela pareceu-me bem (talvez precisamente devido ao que a peça aborda, apostou mais na formação do que na imagem). Um outro casal de actores representa o preconceito, mas também aqui o exagero é gritante, burlesco, e por vezes dá vontade de dizer “já chega, não?”.
Os cenários estão engraçados (tudo muda sob o olhar dos espectadores), a música nem tanto.


Se quiserem, vão ver, penso que têm até Domingo. Mas não contem com algo para além do mediano…

Nota: Eu vou partir do princípio que ali foi tudo muito caricaturado e rebuscado, porque se por um lado temos o tipo bonitinho que é um empresário de sucesso, que profissão resolveram atribuir à gorda? Bibliotecária (como algo depreciativo, bah!).

29.5.08

À lupa

O Destak de ontem referia que em média cada lar português desperdiça 200 euros de água por ano.
Contesto.
Analisando detalhadamente a minha factura da água, constatei que este mês paguei 7 euros, sendo que apenas 64 cêntimos são gastos com a água propriamente dita… O q em termos práticos n me permite comprar um mísero garrafão de 5 lt e eu garanto-vos que tomo banho regularmente. Posto isto, eu presumo que não gasto demasiada água, por outro lado, sinto que estou a ser roubada, roubo disfarçado de taxas, ivas e afins, mas que não deixa de ser roubo. Preocupações ambientais sim, mas já agora sugiro aos senhores do Destak que divulguem também os outros números que estão por trás de uma factura da água e onde é aplicado.

27.5.08

Disto dos blogs II

Quem diz a verdade n merece castigo. Sou altamente viciada em blogs de culinária. Foram sem dúvida o meu primeiro vício blogosférico e apenas por vergonha (isto é, reconhecida incapacidade de produzir algo próximo das coisas fantásticas que via nos outros) é que este espaço não enveredou pelo mesmo.
Visito muitos e acho particularmente engraçada a solidariedade luso-brasileira na partilha de dicas e sugestões. Mas desta vez o que me chamou a atenção n foram as receitas, mas um objecto. Do outro lado do Atlântico, no Sabores da Lica, uma faca cheia de estilo mereceu um post. Existem provavelmente milhares por ai, mas agora ao usar as minhas tenho a certeza que há alguém no Brasil que também tem e lhes acha a mesma graça que eu :-D

25.5.08

Para lá do que vi...

Sexta-feira à noite deparei-me com uma daquelas situações de que ouvimos falar, sabemos por isso que existem, mas custa-nos tanto aceitar que é como se não fizessem parte do nosso mundo.
No meio de um parque de estacionamento vi um indivíduo, aparentemente jovem, a bater numa rapariga. A primeira imagem foi a de um rosto a ser projectado e muitos gestos. Primeiro fiquei incrédula, sem saber se tinha visto bem, mas as dúvidas dissiparam-se ao vê-la tentar levantar-se do chão.
O que se passou depois foi estranho. A polícia estava pouco mais à frente, de sirenes acesas, não passando despercebida, como se soubesse que algo se estava a passar mas à espera não sei de quê. Assim que dissemos o que tínhamos visto, partiram.
Não sei que desfecho teve, mas ao longo deste fim de semana a imagem tem-me perseguido. O que leva uma jovem a estar com um indivíduo que lhe bate? E se foi a primeira vez, que certeza tem de que não será o começo do inferno?
Numa altura em que tanto se fala de violência doméstica, talvez seja ingenuidade minha pensar que não pode ter o rosto de jovens, mas pelos vistos pode, mas sobretudo acho que tem o rosto da tradição. Por mais open mind que estejamos, acho que a maioria continua a pensar na vida apenas aos pares, sujeitando-se.

23.5.08

Inquérito

Concorda com a lista de jogadores portugueses convocados para o Euro 2008?
Sim
Não
Por favor seleccione uma resposta.

Ainda bem que eu só leio jornais sérios .

Ao lado estavam coisas mais insignificantes como «Pobreza em Portugal: "É preciso subir os salários e diversificar fontes de rendimento"- por acaso não sei se quero que me dêem dicas sobre como diversificar fontes de rendimento…

Quem de uma hora escapa…

Correu para mim, gritou “beijinho, beijinho!” e agarrou-me. Felizmente alguém que não conheço salvou-me antes que algo mais acontecesse.



Vou começar a ponderar não circular por aqui sozinha (e se calhar já se justificava um seguro de acidentes de trabalho).

21.5.08

Dois pesos, duas medidas

O Público notícia «Fisco coloca à venda prédios por dívida de 236 euros».

Faz hoje uma semana que tive uma audiência no Julgado de Paz de Lisboa, na sequência do que já tinha escrito aqui.

Foram várias as situações presenciadas neste projecto (de falsa prestação de serviços) que me chocaram e como referi me fizeram temer o pior em relação à reabilitação da Baixa Pombalina. Mas o meu trabalho ficou concluído e por ele eu devia ter sido paga. Foi isso que reivindiquei ao longo de dois anos junto do consórcio para quem trabalhei, em consequência ouvi de tudo e para mim era óbvio que não me queriam pagar.
Não desisti mas aparentemente teria sido mais fácil, sobretudo depois de constatar que uma das caras do consórcio (e penso que autor do contrato por mim assinado) ocupa actualmente um dos mais altos cargos na secretaria de estado dos assuntos fiscais. Muito irónico, não é?

Mas por vezes a justiça ainda funciona. Não posso dizer que me tenha sido dada razão porque o Juíz não chegou a proferir uma sentença, mas chegou-se a um acordo que me foi favorável e eu irei receber tudo o que me devem. Caso não o cumpram é válida a penhora (o método de eleição do tal senhor, mas calculo que apenas quando aplicado aos outros). Foi pena ter demorado 2 anos.

20.5.08

Chuva...


Chuva na Primavera definitivamente não é das minhas coisas favoritas. Mas aguentava-se muito melhor se estivesse em casa a ver e a cantarolar a Música no Coração.

19.5.08

A Noite dos Museus

Para sugestão já vem tarde, mas ainda assim merece ser referida. A noite dos museus antecedeu o Dia Internacional dos Museus, e permitiu uma vez mais visitas gratuitas e fora de horas a alguns museus nacionais.
Não encontrei o programa na net, nem vi as reportagens da praxe, nestas coisas o melhor é irmos acreditando que a cultura não foi absolutamente esquecida e que estas iniciativas se vão repetindo ano após ano, e arriscar. Assim, já depois das 23h, rumei ao Museu Nacional de Arte Antiga (cujo site está em baixo há meses), que estava de portas abertas e com visitas guiadas às principais obras de referência. Adorei. Num ambiente menos formal do que o habitual e com visitantes entusiasmados, circulava-se livremente entre as diferentes salas e ouviam-se explicações que quase pareciam histórias de encantar.


Quem por lá esteve e ouviu a história dos Biombos de Namban é quase certo que sonhou com o Oriente.

16.5.08

Digestão difícil

Há dias em que não consigo reagir. Oiço e avanço para depois recuar.
Ontem questionaram-me sobre a arrumação da biblioteca. «É muito difícil com este sistema não ter um especialista aqui permanentemente.» - ouvi, pensei que tinha digerido, mas agora apercebo-me que não.
Não foi a primeira vez que o afirmaram. Que colocaram em causa um sistema há uns meses discutido e por fim eleito*. Perante isto (entenda-se, o meu despedimento após a fase de organização), como é suposto agir? Vale a pena explicar que se os técnicos existem é porque a sua presença nas bibliotecas é importante sempre e não apenas num período inicial? Que de facto criaram um código quase secreto, que aprendem a dominar, mas que exige prática, e que em último caso garante a continuidade das suas funções?
Vou continuar a avançar. Gosto das minhas cotas enigmáticas (ex. 266:262.851 POL).

* «Nós queremos o mais moderno, que obedeça às normas internacionais, blá blá blá»

14.5.08

Momento dona de casa apressada

Quando a fome e a preguiça se aliam...

Pão, pesto, presunto e rúcula.



A melhor sandes que comi nos últimos tempos!

Receita roubada daqui.

Momento dona de casa prendada

O que fazer com a abóbora que vive no congelador há meses?

Risotto de abóbora, com espinafres e cogumelos

Para 2
1 chávena de arroz arbóreo
1 colhar de sopa de azeite
cebola picada
1 copo de vinho branco
1 chávena de abóbora (em cubinhos)
cogumelos secos (a olho)
1 cubo de espinafres (ficava mais bonito escrever um molho, mas foi mm um cubo dos congelados)
1 ou 2 chávenas de caldo de legumes
Sal e pimenta
Manteiga
Queijo parmesão

- Demolham-se os cogumelos durante uns 15 min e cozem-se os espinafres;
- Aquece-se o azeite, junta-se a cebola, quando estiver translúcida junta-se o arroz, mexe-se constantemente durante 2 min e acrescenta-se o vinho e a abóbora, o sal e a pimenta. Quando o vinho já tiver sido totalmente absorvido, acrescenta-se o caldo aos poucos, numa operação que demora uns 18 min. A meio deste processo juntam-se os cogumelos (previamente picados);
- Quando o arroz estiver quase cozinhado, juntam-se os espinafres e por fim a manteiga. Desliga-se o lume e adiciona-se o parmesão.




É muito bom! Eu continuo convencida de que o meu risotto é óptimo, provavelmente porque ainda não provei cozinhado por outra pessoa ;-)

12.5.08

Porque...

Porque o Cavaco voltou a apelar à particapação dos jovens na vida política, mas deixou os do Bloco à porta.
Porque continuam a existir os globos de ouro, a lembrar a máxima popular "Deêm-lhes pão e circo".
Porque esta semana irei perante "quem de direito" explicar que trabalhei 6 meses sem receber e que já é tempo de me pagarem o que devem.

Recordo Almada Negreiros, «O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades.».

11.5.08

Cinema em dose dupla

Nunca é Tarde Demais



O que fazias se soubesses que tens apenas mais uns meses de vida?

Dois homens, às portas da morte, encontram-se num quarto de hospital. Diferentes na vida, unidos naquele momento, fazem uma lista do que lhes falta concretizar e partem numa viagem pelo mundo. Uma história relativamente banal, mas com interpretações brilhantes de Jack Nicholson e Morgan Freeman.



My Blueberry Nights


Norah Jones é a protagonista de uma viagem de reencontro emocional que nos leva pela América a um ritmo sem grandes sobressaltos mas que nos guia, a nós e à personagem, numa busca de auto-conhecimento em que as escolhas pessoais são a essência da vida, num jogo de cor e som muito bem conseguido por Wong Kar-Wai.

9.5.08

Mais testes...


Ora, agora sou uma ponte com cuja construção eu não concordo... Posso não fazer muito caso de quem me ache estranha, mas esta aparente esquizofrenia está-me a dar que pensar.

8.5.08

Memória selectiva

Não me recordo do que almocei ontem, muito menos do que vesti antes de ontem. Mas hoje de manhã ao vestir-me a primeira coisa que me ocorreu foi: tinha esta túnica vestida quando conheci a minha chefe.
Tinha a cabeça num turbilhão (registei o momento), o estágio estava a terminar e a possibilidade de lá ficar tornava-se cada vez mais remota, e eis que a minha actual chefe vai até lá conhecer o espaço. Vendi-me descaradamente e quando ela se despediu apercebi-me que tinha deixado o contacto em cima da minha secretária :-D
Se fosse uma entrevista de emprego provavelmente não correria tão bem e eu teria tido a preocupação de não ir tão decotada. Agora não se pode queixar, já sabia com o que contava.

Ps. Madrid ficou em standby, apesar da aprovação da candidatura ter sido em Julho, a verba só ficou disponível em Dezembro, até lá não dava para viver do ar, facilitando a minha decisão.

7.5.08

Quando é que começa o Rock in Rio?

Eu não vou. Eu estou. Mas por esta altura era suposto esse grande acontecimento que contribui para a paz no mundo, o fim da fome e do aquecimento global já me ter trazido alguns benefícios.
Passo a explicar. Como vizinha detecto nesta altura alguma preocupação com os espaços verdes, com o lixo nas ruas e com a segurança em geral. Há uns tempos vi alguma agitação e constatei: é ele, está a chegar! E até pensei como seria bom que o realizassem pelo menos umas duas vezes por ano, eu até aguento bem o barulho, gosto de ter metro fora de horas e sempre vejo isto mais limpo e cheio de polícia.
Mas entretanto parece que se esqueceram… Ao contrário dos senhores que eu aconselhei, estúpidos que parece que me levaram a sério e resolveram visitar a minha garagem, e lá fui eu a correr tratar de fazer um seguro para o recheio da casa, mas baratucho que isto não dá para mais. Infelizmente os seguros não cobrem os afectos e eu fico em pânico só de pensar na possibilidade de algo desaparecer :-S

6.5.08

O horror

Diariamente deparo-me com autores que não conheço, na sua maioria do sexo masculino, hoje um nome feminino chamou-me a atenção, Ellen G. White. Como não associei a obra que folheava à doutrina católica, fiz uma breve pesquisa (obrigadinha wikipédia).
Cruzes, credo, Ellen (1827-1915)! Ainda bem que já te foste, lamento apenas que tenhas deixado prole, nada sabia dos adventistas e pelos vistos não andava a perder nada.

Deixo uma achega do que li na wikipédia: - “Não há fim em vista para as doenças causadas pelo vício solitário [masturbação]". A esta asserção é adicionada uma enorme lista de enfermidades supostamente assim surgidas, entre as quais "epilepsia, danos à visão", "hemorragia nos pulmões, espasmos do coração e pulmões, diabetes, reumatismo, tuberculose, asma";
- "As pessoas de cor não devem pressionar para serem colocados em igualdade com os brancos."
Bem que podia ter feito como as suas contemporâneas e ter-se limitado a tomar conta da família :-|

5.5.08

Descartáveis

A propósito da estreia do filme “Ensaio sobre a cegueira”, dei por mim a pensar que era agora que tinha que ler o livro. Infelizmente, até hoje, as minhas tentativas de ler Saramago não correram bem, considero ser direito do leitor deixar livros a meio e foi isso que foi acontecendo comigo em relação ao Nobel nacional (com excepção do “Ensaio sobre a lucidez”, de que gostei mas foi uma leitura a ferros).
Determinada a lê-lo, procurei-o primeiro aqui no trabalho, claro que não há (encontrei 3 obras do comuna herege e já achei muito à frente, devem ter sido ofertas) e depois fui espreitar ao site da Fnac. Fazendo a pesquisa pelo título, não o encontrei. E posto, isto divaguei um bocado.
Recordei-me do período em que trabalhei na livraria concorrente, em que Saramago dificilmente faltava (devido à política dos consignados) e onde todo o santo dia chegavam novidades. Se num dia não chegavam, era certo que no dia seguinte receberíamos a dobrar. Livros para o menino e para a menina, para a doméstica e para o médico, para o desemprego e para o idoso. Num país onde os hábitos de leitura continuam dos mais baixos da União Europeia…
Como também tinha acesso às facturas, compreendi rapidamente que para as livrarias não custa muito arriscar e receber semanalmente dezenas de novidades, mas e as editoras? O que raio fazem àquele mar de livros que são devolvidos? De objectos sagrados passam a descartáveis…

4.5.08

Certezas

Certezas tenho poucas, mas esta é inexorável. Tenho a melhor Mãe do mundo!

E porque sei que ela gosta (e eu também):

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."

Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...

Boa noite. Eu vou com as aves!

Eugénio de Andrade

2.5.08

Sinais dos tempos

Mais um 1º de Maio, mais um desfile em Lx. A mim pareceu-me fraquinho, mas os números avançados indicavam 80 mil participantes*.
Durante o percurso poucas palavras de ordem, pouca música, mas de repente, a luz ao fundo do túnel! Um grupo de jovens, auto-denominado precários, com muita música (n as típicas destas ocasiões), dança e slogans hilariantes (do tipo “A fufa também labuta”) representavam o descontentamento de quase 1 milhão de portugueses, com humor e alegria, porque para tristezas já basta a da própria condição de precários. Como nestas coisas tende sempre a haver uma organização por trás, eu desconfio que são militantes do bloco, mas q sejam. Q se manifestem e conquistem mais pessoal. Os desfiles como até agora os conhecemos começam a ter os dias contados.

*Número apresentado no comício da CGTP, procurei no site do Público mas só fazem referência aos 20 mil da UGT. A imparcialidade no seu melhor.

1.5.08

Soneto do Trabalho

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e dar dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

José Carlos Ary dos Santos

1 de Maio de 1974

Foto de Eduardo Gageiro