31.12.08

Balanços e desejos

Se o próximo ano for como este, já me dou por muito satisfeita! Mas já que é para pedir, agradeço menos sobressaltos nas relações humanas e já agora, apaixonar-me.
Outros desejos: continuar a ter trabalho, só assim mantenho as dívidas em dia e posso sonhar com viagens; conduzir; iniciar uma pós-graduação ou mestrado na área em que trabalho. A curtíssimo prazo, arranjar uma alternativa às aulas de ginástica (que o ano não podia acabar só com boas notícias, a má chegou ontem, a minha prof, legitimamente, demitiu-se).

Bom ano!!!

24.12.08

Então, Bom Natal!

Votos já hoje algumas vezes repetidos e num desses momentos responderam-me com uma interrogação: Vai continuar por cá, não vai?
Era o meu maior desejo de Natal, ver a minha situação laboral mais definida. E foi com um sorriso gigante que respondi: Sim, sim! Acho que sim!
Porque o Pai Natal para mim chegou mais cedo, com a notícia de que há boas perspectivas de continuar por cá, terminar este projecto e quem sabe dar início a outro.
Por isso, esta noite, só quero agradecer e desejar a todos um excelente Natal!

18.12.08

Bem-vindo ao Norte

No voo para Nova York vi "Bienvenue Chez Les Ch'tis" e adorei. Embora os filmes disponíveis fossem todos relativamente recentes, este não me soava a nada familiar, e só hoje percebi que é o “Bem-vindo ao Norte”, estreado em Setembro e muito elogiado em vários blogs.


Não sei se por estar em viagem, se por causa da quadra em que estamos, mexeu muito comigo, por tratar sobretudo da questão das relações humanas e do preconceito; uma história séria contada com muita graça, que se tornou o filme francês mais visto de sempre.

Quando terminou mudei para o Mamma Mia, era só o que me faltava ouvir os outros cantarolar e permanecer calada e enternecida :-P

Falta-me… a poesia?

Aqui, no fim do mundo, também já há decorações de Natal, ao longo da galeria vim entretida a ler as frases alusivas à quadra. E não percebi…

“Acenda-se de novo o presépio no mundo!”, é uma citação de algum Santo Papa? Não captei a mensagem e imaginei logo uma aldeia inteira a arder, não foi bonito.

Uma outra dizia algo do género: “Este Natal não peço nada. Quero apenas uma estrela dourada.” Com esta já me identifico muito mais, se der para acrescentar ao pedido uma foice e um martelo tanto melhor.

17.12.08

Lamentável

Já tinha dado algumas gargalhadas quando ontem se tornou oficial a candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa. O PSD bateu mesmo no fundo e visto que jamais o considerei uma alternativa ao PS, acho este espectáculo no mínimo hilariante.
Sofrerão todos os militantes de memória curta? Foi a primeira coisa que me ocorreu, mas agora ao ler a notícia do Público constato que não são só os militantes…

«Santana voltou ao lugar de presidente da Câmara de Lisboa mas nas autárquicas que se realizaram nesse ano o PSD retirou-lhe o apoio e escolheu Carmona Rodrigues. Santana esperou por uma nova oportunidade e recandidatou-se a Lisboa em 2007, nas intercalares, perdendo para o actual presidente, António Costa.». Será isto informação? Que o PCP pouca atenção tem por parte dos media eu já sabia, mas será que estes jornalistas não se aperceberam que o candidato foi o Negrão, que o Carmona concorreu como independente e que dessa vez o Santana ficou de fora?

Posto isto só dá mesmo vontade de dizer a todos: vão mas é trabalhar.

14.12.08

Foi um sonho

Nova York recebeu-nos iluminada e com floquinhos de neve


Os dias que se seguiram foram absolutamente mágicos.

Esta foi a viagem que melhor planeei e a determinada altura cheguei a temer não me surpreender com a grande maçã, mas é impossível, tal como é completamente impossível fazer uma selecção de fotos.


Imagens de um dos dias mais bonitos, mas também dos mais gelados, com os termómetros a marcarem - 6º.

Quanto à crise... eu diria que está muito bem disfarçada.

6.12.08

Da pequena alface...

Para a grande maçã!



Estou de férias!!!!!!

3.12.08

Tic-tac, tic-tac

Giro, giro era eu postar umas fotos do fim de semana, o que só será possível quando descobrir onde é que escondi o cabo da máquina… Mas imaginem a invicta vestida de natal e com muita chuva, numa escapadinha divertida e gelada, que para mim serviu de estágio para a semana que se aproxima. Entretanto, entro no espírito cá do sítio e sinto-me à beira da loucura, com a minha chefe ora a pedir relatórios, ora a dizer que já não quer (depois de já estar feito…).

26.11.08

Coisas que aquecem a alma

Ontem, quando cheguei a casa, já a encontrei decorada de acordo com a época que se aproxima. Achei-a particularmente acolhedora e inspirou-me a fazer uns muffins de dióspiro, a partir de uma receita já anteriormente testada:

Polpa de 1 dióspiro grande
1 colher (sopa) de fermento
100 g de margarina
1 chávena de açúcar
2 ovos1
1 chávena e 1/2 de farinha (e não apenas meia como inicialmente escrevi! o que vale é que tenho leitoras atentas lol)
½ iogurte natural com mel *
1 colher (chá) de canela
1 colher (chá) de sumo de limão

1. Pré-aquecer o forno a 200°C.
2. Misturar o dióspiro com o fermento
3. Bater a margarina com o açúcar e acrescentar os ovos. Adicionar a farinha, a canela, o iogurte e o sumo de limão. Por fim o dióspiro com o fermento.
4. Levar ao forno por 15 min.

* Não tinha, troquei por leite e as claras batidas em castelo, resultou.

Enquanto me deliciava apercebi-me que por estes dias passam 5 anos desta espécie de emancipação :-)

25.11.08

Então, não dizes nada?

O mundo pode acabar, o Cavaco insistir nos seus momentos “ando tão carente dêem-me lá 5 min. de atenção que eu invento mais qualquer coisa despropositada para dizer”, o Bloco pode gritar que afinal o Zé não é fixe, e por ai fora. Nada me incomoda. Estou quase de férias e praticamente só falo nisso (é o que dá estar há 14 meses sem uma semana livre).

19.11.08

Manela...

¿Por qué no te callas?



Volta ao silêncio, afinal era mesmo uma escolha consciente.

18.11.08

1, 2, 3 diga lá outra vez

Luta inglória com a senhora da limpeza: o caixote do lixo tem ferruge.
Ou será ferruget?

16.11.08

Ensaio sobre a cegueira

O livro ficou por ler, o filme recomendo vivamente.

O realizador, Fernando Meirelles, disse que havia duas reacções possíveis: os que se vêem emocionalmente envolvidos e os que não se identificam. Fiquei entre os primeiros, atordoada com a facilidade com que a sociedade se pode desmoronar e simultaneamente inquieta com a "multiplicidade de visões", sem certezas quanto à realidade.

Eu tenho um anjo

E Sexta-feira esteve a olhar por mim.
Por volta das 18h percebi que tinha perdido os meus brincos favoritos, conclui que os perdera por volta das 17h, a 20 km de distância. Troquei de comboio e fiz o percurso inverso, apanhei o bus e corri para a paragem onde achava que os tinha perdido. Não via um boi e ainda por cima havia gente na paragem. Nestas coisas não há nada como explicar logo o sucedido (omitindo o tempo que entretanto passara...) e foi assim que graças a um desconhecido recuperei os meus brincos (estavam soterrados num buraco da paragem) e quando às 20h cheguei novamente a Lx vinha de sorriso rasgado a cantarolar: Eu tenho um anjo, anjo da guarda , que me protege de noite e de dia... ;-)

12.11.08

Da loucura

E agora postava um poema de Mário de Sá-Carneiro e seria o suficiente.
Que isto é uma casa de loucos, eu já sabia. Mas atingiu a sua plenitude nas duas últimas semanas.
O stress domina 90% dos que aqui trabalham porque estão em mudanças, os poucos, como eu, que não vão mudar de poiso assistem incrédulos e inevitavelmente deixam-se contagiar. Eu não preciso de lâmpadas, preciso de férias.

6.11.08

Sou tão pobrezinha e não sabia

Recebi um vale (na minha morada e em meu nome) que corresponde a cinco lâmpadas economizadoras que pode ser trocado em vários hipermercados.
Estranhei, mas pensei “porreiro, pá!” E ontem lá fui eu trocar, tendo perguntado apenas aos meus pais se eles tinham recebido e se sabiam do que se tratava. Não, eles não tinham recebido mas tinham ouvido qualquer coisa sobre o assunto.
Já no balcão de apoio ao cliente estranhei não ver filas gigantes, aliás, não estava ninguém à minha frente, o que me fez gostar ainda mais desta iniciativa (embora as lâmpadas viessem num saco de plástico…).

E hoje lembrei-me de pesquisar o porquê destes vales (ainda falta um ano para as eleições!):
«O Governo vai oferecer três milhões de lâmpadas economizadoras a partir de Setembro, altura em que as famílias mais carenciadas vão começar a receber o “cheque-energia”. O objectivo da medida é a promoção da eficiência energética.»
Família carenciada? Eu? Tenho que arranjar maneira de falar sobre isto com as minhas chefes!!!

Embora a notícia também diga: «As famílias com menores consumos de electricidade e potências contratadas mais baixas vão receber o vale, no próximo mês, que poderão trocar por lâmpadas mais eficientes ao nível energético.» Portanto, eu não consumo muita energia, logo sou pobrezinha? Nesse caso, porreiro mesmo era se me pagassem a conta da luz, boa? Ou se me enviassem um cheque-oferta para um carrinho de compras. De lâmpadas já fiquei servida, mas de resto estejam à vontade.

5.11.08

A vitória do novo sonho americano

As expectativas são imensas.
Por agora, é tempo de celebrar!

2.11.08

Sem sinal de bruxas

A noite de Halloween correu muito bem. Espíritos travessos (ou eu própria) não estragaram o jantar, que foi seguido de um encontro com mortos vivos.

É fantástica a nossa capacidade de nos recordarmos de músicas terríveis com largos anos. Assim como a minha naturalidade em assumir que graças aos Da Vinci decorei até onde fomos por mares nunca dantes navegados. A culpa terá sido do alcóol.

E continua a fazer estragos. Depois de muito praguejar a propósito do preço da entrada para o Gosto de Lisboa, não resisti ao patrocínio de um banco, e lá fui eu provar os prazeres de Baco. Tudo fantástico, excepto aquele momento infeliz em que me explicaram que as vinhas X eram de familiares da celebridade Y, isto leva alguém a desejar comprar o vinho? Falem-me das castas, é o esperado e cai muito menos mal. Mas para não ficar com uma recordação amarga, continuei o périplo pelos diferentes stands e terminei deliciando-me na York House, ali com preços que não assustam muito. Para o ano volto!

30.10.08

Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama

Nunca é demais lembrar: A melhor forma de prevenir e detectar a tempo um melanoma ou quisto é através da auto-apalpação. Todas as mulheres devem fazer mensalmente o auto exame das mamas e das axilas. Detectar a doença numa forma inicial representa um benefício quer a nível do tipo de tratamento, quer ao nível da sobrevivência à doença.

Não me vesti de rosa nem colocarei aqui lacinhos, a solidariedade não tem que ser com o recurso à clonagem
.

27.10.08

Ainda por cá não tinha falado dela

Qaundo foi anunciada como candidata a vice-presidente dos republicanos, nada sabia sobre Sarah Palin e pensei que o objectivo de McCain era conquistar o eleitorado que apoiava Hillary Clinton. Depois li algumas coisas e percebi que estava enganada (ultra-conservadora, defensora da guerra, do porte de armas, contra o aborto…).
O melhor é rir com esta escolha. O Público de hoje, pela mão de Luís Afonso, dá uma ajuda.

Constatações do fim de semana

Lisboa não é uma grande metrópole. Em alternativa também é válido afirmar que este mundo é uma ervilha.

Aqui come-se magnificamente.

Domingo a praia estava tão concorrida como no Verão. Lamentei não ter levado biquíni.

Hoje já lamentei ter desrespeitado o mantra.

23.10.08

Isto não era o campo?

Ou fim do mundo?
Não sei como é que cá chegaram, mas não fiquei nada feliz: Lisboa, 23 Out (Lusa) - Um homem de 45 anos ficou hoje ferido no pescoço durante um assalto a uma ourivesaria em Idanha, Belas, concelho de Sintra, disse à agência Lusa fonte da PSP de Sintra.

22.10.08

Mantra para os próximos meses

Não sair de casa com uma simples blusa com mangas 3/4. Trazer SEMPRE um casaco.

Vou ligar o aquecedor.

19.10.08

O Chartier

Quando em Agosto estive em Paris, fiz questão de ir a um resturante sobre o qual pouco tinha lido, sabia apenas que era um dos mais antigos da cidade e que nem era muito caro.


Ir ao Chartier foi uma experiência engraçadíssima e diferente, onde se comeu bem na companhia de estranhos que partilhavam a mesma mesa que nós (com quem se conversou e trocou comida) e assistiu-se a um interessante método de registo de pedidos, feito nas toalhas das próprias mesas. Sai com a sensação de quem pretende lá regressar um dia.
E só agora me deparei com esta descrição num guia: «Um estabelecimento aberto en 1892 pelo Partido Comunista para proporcionar refeições baratas aos trabalhadores. Continua a oferecer boa comida a preços acessíveis. O serviço é bastante mau. Mas tem uma espectacular decoração belle époque
Com estas características, era preciso o serviço ser mesmo muito mau (o que não foi) para não gostar ;-)

Depressão

Estive a reler as condições do meu crédito à habitação e descobri que na data do contrato a Euribor a 3 meses estava em 3.6%*. Está a baixar mas algum dia baixará até este valor?...

*há três anos e meio

16.10.08

Love is in the air

Vi-te e levitei.

Um momento só comparável com a minha primeira ida à Eurodisney, em que estática observava tudo com ar de espanto/parva mas muito sorridente.

Não te pedi um autógrafo porque embora tenha uma vaga ideia de que cantas bastante bem, quando te vejo basicamente deixo de ouvir e babo. E foi assim ontem, babei muito, fiquei estática e tu viste-te na contingência de me contornar.
Sempre que possível voltarei ao mesmo local, cheia de esperança de te reencontrar e convidar para um café. Por ti até finjo simpatizar com o teu avô.

12.10.08

Ando angustiada

Esta história da crise está-me a levar a um estado de loucura, aliada ao facto de não saber como será a minha vida profissional a curto/médio prazo. Atendendo ao sítio onde trabalho, o melhor mesmo é não sair de lá. Para uma vida pura e casta já não vou a tempo mas para a outra secção (a parte dedicada à saúde mental) se calhar não era mal pensado garantir já um lugar.
Serve-me de consolo pensar (nos poucos momentos de lucidez) que me levo demasiado a sério e que estou a fazer uma tempestade muito antes do tempo.

8.10.08

Caldos de galinha

Graças a uma avaria na CP, ontem demorei 2h a chegar ao trabalho (mais 45min do que o normal), como se não bastasse, demorei o mesmo tempo no regresso (com resgates e acidentes pelo meio).
Só já sonhava com o momento em que chegasse finalmente a casa. No caminho lembrei-me do título de um livro que nunca li e que até me causa alguma repulsa, qualquer coisa como: Caldos de galinha para a alma. E compreendi que eu e a sopa só nos entendemos em momentos de stress ou de doença. Não havia dúvida, o jantar seria sopa.
Sem galinha no congelador, e avessa a caldos knorr e afins, inventei um caldo de lentilhas:
- Meia cebola ligeiramente refogada, lentilhas escaldadas e um tomate picado, tudo numa panela com água q.b., temperada com algumas das coisas que me apareceram à frente. A meio da cozedura acrescentei cogumelos laminados e no final coentros picados.
Não sei se foi do caldo, mas hoje a vinda até cá correu muito melhor.

5.10.08

Destes dias


A confirmação. Cantam mesmo muito mal mas são divertidíssimos.



E envelhece-se.


Mas acredita-se que cada ano melhor ;-)

3.10.08

Superei-me

Acabei de tratar por irmã (aka freira), uma grávida. Não deve faltar muito para cometer o mesmo erro com as minhas amigas.

Felizmente já é sexta-feira! (Este ano nem me queixo do feriado ser domingo, até agradeço!).

2.10.08

Vergonhoso II

Ontem à noite em entrevista na Sic Notícias, João Salgueiro culpou os portugueses pelo sobreendividamento.
Este senhor é o presidente da Associação Portuguesa de Bancos e insiste em dizer que vivemos acima das nossas possibilidades. Acontece que este mesmo senhor desconhecia por completo a situação que já aqui descrevi, em que do nada se recebe em casa cheques pré-aprovados com quantias elevadas que num momento de aflição acredito que tentem muita gente. Acusa o governo de não fazer o necessário para travar a situação e ele, o que faz? Nem conhece a realidade com que trabalha.

Vergonhoso

Sete em cada dez idosos estão mal nutridos em Portugal.
Mas se quiserem aprender a mexer em computadores de certeza que há um fundo comunitário qualquer disponível para isso.

O mesmo se passa com os mais novos. Quantos não vão para a escola de barriga vazia? Mas pelo menos é fácil, e aparentemente mais importante, ter um portátil com internet.

1.10.08

Um ano!

Não é um trabalho de sonho, mas ao longo do último ano permitiu-me a realização de alguns e deu-me paz.
Um destes dias terei que fazer um balanço anual. Quanto ao futuro, só o tempo o dirá.

29.9.08

Estive no Bali

Uma hora e picos no paraíso, ali para os lados de Alcoentre. A 50 km de Lisboa os spas são pequenos gabinetes de estética, onde por 20 euros nos envolvem em especiarias (a dada altura era capaz de jurar que cheirava a lombo de porco assado…) e nos fazem esquecer quem somos e onde estamos. O ritual do Bali é por isso uma experiência a repetir (e a procurar, como missão impossível, em Lx a um preço semelhante).

25.9.08

Querem que definhe

Li um artigo qualquer a propósito do Dia Mundial do Coração, que se celebra num destes dias (estava concentradíssima no artigo, como se pode concluir), que fazia várias referências ao IMC, como um dos indicadores do nível de risco de doenças cardiovasculares.
Nada de novo, mas como não sei calcular o IMC resolvi pesquisar e fui parar ao site da Roche. Depois de fazer o cálculo vi que também era possível determinar as necessidades calóricas diárias.

E foi isto que me recomendaram: Neste caso, as necessidades calóricas diárias são de 1570 Kcal.

Assim caiu por terra a minha ideia de que uma mulher adulta devia ingerir uma média de 2000 Kcal e um homem 2500.

Ou caiu por terra ou estes senhores da Roche estão mas é parvos e a contribuírem para que se mantenha o ideal (que eu achava que estava ultrapassado) de magreza extrema.

23.9.08

Quero mais

Quero ser uma pessoa que precisa de formação* para passar mais dias de trabalho em Lx, e assim deleitar-me, ainda que rapidamente, com sushi ao almoço. Ou melhor, deleitar-me pontualmente com sushi ao almoço. Não que tenha medo de ficar com barbatanas, é mais por não saber ao certo durante quanto tempo poderei pagar a renda da casa, como isto anda mais dia menos dia ou se come ou se paga a renda.

E já noite dentro, a melhor das surpresas, Jane Eyre na RTP2. Quando me perguntam qual é o meu livro favorito, as dúvidas são imensas, mas inevitavelmente penso em Jane Eyre. Sim, é provavelmente o meu favorito e foi uma agradável surpresa ver a 1º parte da versão adaptada pela BBC. Na próxima 2ª feira há mais.

* eu que nem gosto de modas, acabo por adorar a moda das formações para tudo e mais alguma coisa.

21.9.08

Erros bons

São os dos meteorologistas, que davam um dia de Inverno para o sul e afinal fomos brindados com muito sol e tarde de praia.
Absolutamente relaxante.
E para maior júbilo ainda o facto de amanhã ser uma segunda-feira atípica, em que ficarei pela capital. É muito bom trocar as voltas à rotina.

19.9.08

Querido blog

Não estás abandonado. Mas a vontade de escrever não tem sido grande, como tal, não o tenho feito.


Liberdade

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

16.9.08

Diversão ao pequeno almoço

Ouvir o Alberto João a reagir à possibilidade de Morais Sarmento um dia vir a candidatar-se à liderança do PSD: «Ele disse isso como os que moram nas Casas de Saúde* dizem ser Napoleão ou Júlio César.»

Eles são adoráveis.

* a terminologia actual é clínicas psiquiátricas.

12.9.08

E não é que (quase) acertou?

Um jogo japonês que indica a idade do nosso cérebro. Pelo menos era o que dizia o site que me encaminhou até lá (que entretanto já não sei qual é, o que diz alguma coisa sobre o meu cérebro...).

Regras:
1 - tecla start
2 - aguardar pelo 3, 2, 1
3 - memorizar os números e clicar nos círculos, do menor para o maior
4 - no final aparece a idade do cérebro do jogador .

O meu 1º resultado...

Nas tentativas seguintes o resultado foi sempre diferente ;-)

Afinal eu não sou infeliz

O que vale é que o espaço que me faz questionar se é esta a vida que quero, também me dá respostas.

Junto à máquina do café, à hora de almoço:
Eu - O que é que está aqui a fazer?
Ela - Estou à espera dos meus filhos.
(silêncio)
Ela - Vêm sempre aos sábados.
Eu - Hoje é 6ª, eles só vêm amanhã.

E depois sinto-me mal por todas as vezes em que lamento a minha sorte.

11.9.08

Porque eu continuo sem conduzir….

Vou-me habilitando a estes momentos. Apanhei o mesmo autocarro que uma colega e o diálogo iniciou-se com qualquer coisa do tipo: Já foste de férias?
E lá lhe comecei a explicar que não tinha propriamente férias, porque estou a recibos e tal. O ar de choque dela ia aumentando à medida que me fazia mais perguntas: E descontaram-te os dias que faltaste? Mas não estás cá há coisa de um ano? Mas?! Mas?!...
E por esta altura eu só desejava que ela se calasse e não me fizesse sentir a pessoa mais infeliz do mundo…
Depois começou a dizer mal da instituição, como não tenho termo de comparação as minhas críticas são sempre reservadas, mas ela tem e o que disse não foi bonito.
Despediu-se dizendo: Vamos ter agora uma iniciativa na praia, para isto continuar bem só faltava que chovesse.
Já começou.

10.9.08

E a saga continua...

A festa acabou. O Verão idem. Para terminar tudo em beleza ontem regressei ao Julgado de Paz, desta vez como testemunha.
«Jura dizer a verdade, toda a verdade, blá blá blá, caso contrário incorre numa pena blá blá blá». Muito divertido, para no fim irmos todos para casa porque não houve acordo. Agora esperamos pela sentença.

E subitamente tenho imensa vontade de estar em Setembro mas em vésperas de início de mais um ano lectivo.

6.9.08

4.9.08

Eu sou uma pessoa que sofre dos nervos

Eu aguento relativamente bem as 3 mil notícias por dia sobre assaltos. Depois de ler este post, compreendi melhor o fenómeno, naturalmente já tinha pensado que há aqui um efeito em cadeia, mas não sabia que era uma constatação científica, porque no fundo tinha esperança de que os média estivessem simplesmente a exagerar.
O que é certo é que isto já extrapolou a caixinha mágica. De há uns tempos para cá começou a ser comum ver e ouvir no metro, constantemente, a indicação de algo do tipo: Proteja os seus bens. Cuidado com os carteiristas.
É uma chamada de atenção, parece-me bem.
Mas eu sou atenta ao que me rodeia em todas as circunstâncias e no metro não é excepção.
Ontem, na estação da Alameda, havia a correria habitual da hora de ponta. Comecei por reparar num puto (16 anos no máximo) que me olhava fixamente e inevitavelmente pensei: Não serei um bocado cota para ti? O pensamento congelou quando me apercebi que enquanto olhava para mim brincava com uma ponta e mola. Acelerei o passo e escondi-me entre a multidão.
Num movimento habitual, procurei um dos painéis electrónicos para ver as horas, a mensagem era diferente: ATENÇÃO: CARTEIRISTAS NESTA ESTAÇÃO!
Eu só queria saber as horas e por esta altura já estava a pensar se não me sairia mais económico ir apanhar um táxi. Em pânico, e incrédula com a apatia da multidão, lá me enfiei no metro e já em casa só conseguia pensar que raio de forma de desresponsabilização será esta, em que nos informam que estão a decorrer assaltos num determinado perímetro e nada é feito.
E este não é um relato de quem andou de metro pela primeira vez. É todos os dias. Mas até agora a minha grande preocupação era outra parte do percurso (a linha de Sintra).
Vamos ver até onde o medo nos leva. Eu dei por mim a pensar: ou me despeço e fico trancada em casa, ou tenho que pedir um quarto às chefes. Entre uma opção e outra, venha o diabo e escolha.

29.8.08

Meu querido mês de Agosto: o balanço

- Poucas férias, mas boas, boas mesmo. Com amigos, risos, lugares que revisitei e redescobri. Tudo a repetir!

- Reembolso do IRS, não foi muito, mas foi tudo o que descontei (3 meses) e um bocadinho mais (porque os senhores das finanças tiveram peninha de mim, agora convém é que para o ano façam o mesmo, boa?).

- Cartão jovem por mais um ano! Desconfio que enganei o menino dos CTT, mas estou-lhe muito agradecida :-) (assim assegurei mais um ano de ginástica com 50% de desconto).


Para silly season nem foi nada mau!

28.8.08

Começou

Dou por iniciada a era dos casamentos entre os meus amigos. Não foi uma surpresa, com excepção da data, que ainda me parece longínqua: 15 de Agosto de 2009 - haja confiança e determinação. Fiquei naturalmente feliz, é um desejo dos dois, só posso desejar as maiores felicidades.
Um único senão, o pedido da noiva, quer a minha ajuda na escolha do vestido. Eu a escolher um modelo suspiro? Oh god, essa parte se calhar não vai correr bem…

J.O.

Até ao momento não havia neste blog uma única referência a esse grande evento. Foi uma forma de protesto pela passividade nacional, faz-me confusão o escândalo que houve quando o Bernardino Soares disse que a Coreia do Norte era uma democracia (ou algo assim) e a naturalidade com que se aceitou que a China organizasse os jogos. Outros valores falam mais alto, como sempre.
Mas tenho que admitir que terminou em beleza. Grande Nelson Évora! Não só um dos melhores atletas que passou por Pequim como sem dúvida um dos mais giros ;-)

26.8.08

Wall – E

Li algures, penso que no Cinecartaz, que Wall-E é cinema em estado puro, por se tratar sobretudo de uma experiência visual. E que experiência!
A narrativa desenvolve-se a partir da imagem e conta-nos a história de um robô (e de uma barata…), únicos sobreviventes do planeta. A Terra transformou-se numa imensa lixeira, em consequência do consumismo desmedido e viu os seus habitantes partirem para o espaço, mas será palco de um encontro inter -galáctico e de uma irresistível história de amor.
Wall – E é um filme ternurento e simultaneamente satírico. Imperdível.

E que me acompanhou no sono, acordei a ouvir Wall – Eeeeeeeeeeeeeeeeee.

25.8.08

Sister Itália 2008

Para acabar com a ideia de que só as mulheres feias se entregam a Deus, um concurso irá eleger a freira mais giraça. Nem sei porque fiquei inicialmente surpreendida com a notícia, a minha chefe calça saltos altos quando veste o hábito. E pode ser que depois do concurso (e das revelações que dai advenham) me deixe de dizer com tanta frequência «Hoje vens fresquinha».

24.8.08

Acabaram-se as férias


Avizinha-se uma semana difícil...

Foto: montra da Ladurée, a inventora dos macarrons.

20.8.08

Countdown


Este ano as férias são assim. Três dias num lado, três dias noutro. Melhor do que nada.
Daqui a umas horas rumo em direacção ao Sul (se os senhores dos Expressos me levarem, alguém já tentou comprar bilhetes online, por sms ou simplesmente ligar para reserver? Nada funciona, é muito bom).

Imagem
daqui.

Notícias do mundo animal

A Casquinha pôs dois ovos. Mais de um mês depois de termos tido a confirmação de que é uma fêmea (felizmente, este nome num macho podia ter-lhe provocado conflitos existenciais) e que estaria a desenvolver ovos, cá está a confirmação. Não percebemos exactamente porquê agora, mas parece que ao fim de 15 anos de vida resolveu viver uma experiência diferente. É justo.

Mas com este título não podia deixar de escrever sobre a reportagem que vi ontem, sobre o Alberto João Jardim a passear numa praia. Confesso que não consegui perceber metade (apenas algo como "ah não, eu falei nisso mas um novo partido não é para já, que nós não queremos a desunião" LOL), porque estava maravilhada a vê-lo desfilar de calções e a tentar perceber se estava a ver bem: o homem tinha um boné que dizia independência e uma bandeira da Catalunha?! Ele supera-se!

19.8.08

E pronto, já cá estou...

Foram 3 dias fantásticos e merecem alguns posts, mas agora o tempo não é muito. Para a semana haverá fotos de Paris.

14.8.08

Vou ali...


Espreitar se o azul que tem por estes dias lhe fica bem.

Imagem daqui.

À bientôt!

11.8.08

Será só impressão minha?

A partir de determinada idade somos o que fazemos e nada mais. As questões entre pessoal com mais de 20 anos andam sempre em torno do mesmo. Depois de terminados os cursos pergunta-se “então e o que é que fazes?”. E lá começa a k7 habitual e com ela uma espécie de luta pelo pódio do sofrimento. Ninguém está feliz, nunca se tem dinheiro nem tempo para nada.
E se temos a ousadia de expressar algum contentamento com a vida, a coisa também não corre melhor. Somos olhados de soslaio e das duas uma: subitamente o interlocutor tem uma vida melhor do que a nossa ou acha-nos inconscientes.

Estou mesmo farta desta k7. E sobretudo da que grita “falta de tempo” e que indirectamente me rotula de desocupada. Não é a falta de tempo que nos afasta. É a falta de vontade.

8.8.08

Outras formas de preconceito

Ontem, durante o já célebre sequestro, os jornalistas da sic, embora fossem referindo que tinham poucas informações, insistiam em dizer que os reféns eram uma funcionária do banco e o gerente do mesmo. Afinal, parece que era o contrário.

Outra particularidade foi a reviravolta nas directrizes do directo. Quando foram divulgadas as primeiras imagens com os sequestrados à porta do banco, a emissão foi interrompida e o jornalista disse tratar-se de um momento muito delicado, “não nos sentimos à vontade para continuar”. Entretanto houve um curto intervalo, devem ter visto que na tvi se estavam a matar touros em directo e acharam por bem prosseguir a emissão.

7.8.08

Preciso de férias...

Não gosto de blogs que revelam onde estão os últimos visitantes. Começo a ver que alguém acedeu a partir de Paris, São Paulo, Porto e o último, a partir do Cacém, pensei logo (num momento pouco preconceituoso): q'horror! E depois percebi que o último era mesmo eu... Ao menos se fosse Belas sempre era mais fofo.

6.8.08

Fritos, nunca mais

Em primeiro lugar segue o que vale a pena repetir, especialmente em dias de calor diabólico.


Para dentro do liquidificador (convém dar-lhe uso de vez em quando) foram tomates, pepino, miolo de pão a sério*, uma tira de pimento, alho, azeite e sal. Liguei a maquineta e fui acrescentando um bocadinho de água e vinagre.
Devia ter ido ao frigorífico a seguir, mas não foi.

Acrescentei a côdea do pão e coentros. E assim se fez um gaspacho, algures entre o andaluz e o alentejano.

Ontem fiz falafel. Pela primeira vez na vida coloquei grão de molho. O sabor nem estava mau, mas a vontade de hoje voltar a casa não é nenhuma. Desconfio que nunca mais me livro do cheiro a fritos (e ainda ficou por fritar o suficiente para matar a fome a uma tribo de África...).

* A última açorda que comi no Alentejo foi feita com baguetes. Inesquecível e intragável.

4.8.08

Efemérides I

No dia 2 de Agosto de 2003, 4 raparigas apanharam o primeiro de muitos comboios que as levaria a uma das mais marcantes, senão a mais marcante, viagem das suas vidas.
O meu interrail foi há 5 anos, mas muitas das recordações estão ainda tão presentes que parece que foi ontem.

Efemérides II

Se fosse vivo, Zeca Afonso comemorava no dia 2 de Agosto mais um aniversário*. Não sei se a efeméride foi recordada na tv, apenas ontem à noite a liguei e deparei-me com o oposto dos ideais do Zeca. Muito me ri com o documentário de Maria de Medeiros, Cartas a uma Ditadura, em que várias mulheres assumem a sua admiração pelo ditador, defensor dos mesmos valores que elas: Deus, Pátria e Família. Gostei particularmente de um conselho que uma delas deu às jovens de hoje: «Não trabalhem fora de casa! A família é tudo e um homem com uma boa mesa é um homem satisfeito!», porque há que definir prioridades, primeiro o chefe de família, depois nós ;-) Mas para que não se ficasse apenas com a visão das elites, bastava mudar para o canal 1 e assistir à reposição do Conta-me como foi.

Entre os que fizeram oposição ao regime, Zeca Afonso distinguiu-se como um dos mentores da canção de intervenção, conciliando a música popular portuguesa e a poesia, com as palavras de protesto.

Utopia é uma das minhas músicas favoritas, nela preconizou a cidade socialista.

João Afonso - Utopia



Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora.


* a minha avó materna também (o mesmo dia, o mesmo ano)

1.8.08

Obrigada, Cavaco

Contribuíste, em grande, para a ideia geral de que os políticos vivem alheados da realidade. Atravessamos uma das maiores crises dos últimos 20 anos, a precariedade reina, a pobreza aumenta e a desigualdade social é gritante. Mas tu achaste por bem interromper os teus dias de descanso (aqueles a que os precários não têm direito) para falares à nação sobre esse assunto que a todos preocupa, tira horas de sono e o pão da mesa. Os estatutos dos Açores. É isso, é essa noção de realidade que faz toda a diferença.

30.7.08

Da indefinição à constatação

Viver sempre também cansa!

Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.

O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.

As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua!

Tudo é igual, mecânico e exacto.

Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.

E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...

E obrigam-me a viver até à Morte!

Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?

Ah! Se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.

Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."

E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...

José Gomes Ferreira
8 de Maio de 1931

Imagem da primeira versão do poema.

28.7.08

24.7.08

Espalhem a notícia *

Ao chegar a casa, e tentando fugir ao tema dominante dos telejornais, vi parte de uma entrevista sobre o Islão e o Cristianismo. A voz do entrevistador era-me familiar, mas não havia maneira de o associar àquela figura sem pescoço e meio afundado na cadeira. Concentrei-me na voz e fez-se luz: o Nuno Rogeiro cortou o cabelo!!??

* o Sérgio Godinho que me desculpe, mas este post tinha que ter alguma coisa de jeito, o eleito foi o título.

Não é mito

Há mitos urbanos para quase tudo e eu sempre achei que aquela história de que os telemóveis desmagnetizam os cartões multibanco era apenas mais um.
Parece que não e para não haver dúvidas aconteceu-me duas vezes no espaço de uma semana.

Alguém me orienta uns trocos? :-|

23.7.08

Uma surpresa por dia, não sabe o bem que lhe fazia

Ontem passou aqui uma das minhas chefes, vinda de África e muito sorridente, perguntei-lhe se estava de férias, respondeu-me, na boa, que está com malária.

Acabei de vir de outro piso onde me deparei com umas cuecas em cima de uma mesa.

Já vos disse que isto é tudo muito estranho?...

Já ia novamente...





17.7.08

A banhos!


Banhos de mar, de sol, de ratazanas...
Mas será bom, certamente :-)

A Sombra do Vento

Em A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafrón juntou vários estilos, do romance ao policial, da ironia à poesia, num turbilhão de peripécias que de página a página conquistam o leitor e o envolvem até ao desfecho inevitável, o fim. Ao terminá-lo sentimos que nos despedimos de uma série de personagens às quais nos afeiçoámos e temos a confirmação de que os livros ainda nos podem surpreender, sempre e cada vez mais.
O cenário é a Barcelona franquista e tudo começa num misterioso lugar, O Cemitério dos Livros Esquecidos, depositário de obras fantásticas. É sobretudo um elogio aos livros mas também um exemplo da extraordinária arte de contar histórias.
Na minha opinião, não há melhor sensação do que esta, a de que lemos uma história originalíssima, que nos envolveu, ora comovendo ora levando ao riso, e que vai deixar saudades.

16.7.08

Homens simplex

Ainda que não queira desenvolver muito este tema, não resisto a fazer uma breve comparação Homens/Mulheres, na sequência de um sms que recebi ontem.
As mulheres de um modo geral ponderam tudo muito bem, elaboram planos complexos para muitas vezes concluírem “ah não vale a pena sujeitar-me a isto”.
Os homens tendem a ser bem mais pragmáticos.
A mensagem era de um antigo colega de trabalho, com quem há largos meses não contactava, e dizia algo como: Olá! Estás boa? Por aqui está tudo fixe. Pensavas que me tinha esquecido de ti?! Não!!!! Então e amigas novas? Beijinhos X
E assim numa só mensagem consegue-se deixar todas as possibilidades em aberto. Ou não.

15.7.08

Maria Helena!

Tu estás lá!
O meu horóscopo de hoje diz: «Dinheiro: A sua vida financeira tem tendência para melhorar significativamente.»

É verdade, acabei de saber que já tenho médico de família!!!!!
(Sinto-me como se me tivessem dado uma jóia raríssima. Viva o SNS e os anos e anos que se está em lista de espera…).

13.7.08

Inveja

Há alguns dias fiz mil e uma buscas no google para encontrar um verso de Ary dos Santos, que achei que me acalmaria. A inveja invadira-me. Não vinha de mim nem me era dirigida, mas sentia-a de forma amarga e violenta.

Hoje acedi finalmente à obra completa do poeta (de facto, nada substitui os livros) e cá está ele

A Inveja

Não sermos nós a voz
o tacto
o texto.
Darmos cinco sentidos
para termos o sexto.

Ary dos Santos

11.7.08

Eu não quero um iPhone

Estarei doente?

Manchete em vários matutinos, largamente divulgado pela net, why?...

10.7.08

Um destes dias…

Mato o velho. Quais homens das obras ou arrumadores de carros, o meu trauma é mesmo com um velho com idade para ser meu avô, que todos os dias passa por mim, aproxima-se bruscamente e arfa umas merdas geralmente indecifráveis e que me deixa com uma enorme sensação de nojo.
Achei que conseguia controlar a situação discretamente. Ao fim ao cabo devia servir para algo carregar com uma mala que pesa quase tanto quanto eu. Pus o plano em prática, sempre que o avistava a vir na minha direcção projectava a mala, por várias vezes cheguei a acertar-lhe (o que provocava um belo espectáculo para os restantes transeuntes), mas infelizmente a violência não desmobilizou o velho e eu começo a ponderar andar de ponta e mola. Depois não digam que eu não avisei.

Update (11 de Julho): Hoje optei por insultá-lo, pelo menos desta vez ficou calado.

7.7.08

Morre lentamente

(Sem disposição para escrever, sobretudo devido à preocupação referida no post anterior, deixo um poema que só um dia destes conheci.)

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o brancoe os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente...

Pablo Neruda

4.7.08

Again

Ainda não acredito que o terreno daqui seja sagrado, mas que é prolifero em trevos de quatro folhas, lá isso parece ser. Não ando a chafurdar na terra, tal como da outra vez encontrei-o num vaso e na minha direcção, mas fiquei caladinha, não fosse ter o mesmo triste fim que o outro.
A tradição diz que dá sorte mas vale fazer pedidos? Se vale, cá vai: Caro trevo, a Casquinha (aka tartaruga) parece estar meio adoentada, agradecemos muito que seja passageiro e que a culpa seja do aquecimento global ou algo assim, eu já mal me lembro da minha existência sem ela :´-(

3.7.08

Acordar com boas notícias

Libertação de Ingrid Betancourt e de outros catorze reféns. Infelizmente, mais de quatro mil continuam em cativeiro.

2.7.08

Do mundo, da morte e de tudo o mais

Ontem no site do Público podia-se ver a morte em directo. Um vídeo horripilante e aparentemente atípico naquele jornal (dito não sensacionalista), que me fez pensar que aquele era um alerta e não uma forma de atrair leitores ao site.
Num hospital para doentes mentais, nos EUA, uma doente afro-americana jazia em plena sala de espera. Estava lá internada e tudo terá acontecido sob o olhar de funcionários e seguranças, que agiram apenas 45 minutos depois.
Os comentários ao vídeo eram os esperados, criticavam o sistema de saúde norte americano que condena à morte quem não tem dinheiro para assistência ou medicação, mas alguns diziam que por cá se passa o mesmo.
Sozinhos no meio da multidão, parece que é cada vez mais para isso que caminhamos, mas desta vez não consigo generalizar. As instituições de saúde mental em Portugal são poucas e em muitos casos (sobretudo as IPSS’s) estão mal apetrechadas, mas pelo que tenho visto a dedicação dos que nelas trabalham compensa, sempre que possível, essas lacunas. E não é de todo uma profissão fácil, nem uma realidade a que estejamos habituados, por isso talvez por cá aponte sobretudo essa falha, falta uma verdadeira inclusão social. Isso e capacitarmo-nos de que cada vez temos mais doentes mentais, e não deficientes mentais, o que creio que em muito se deve ao estilo de vida que temos.

Ao 9º mês (uma verdadeira gestação) conheci todo o espaço que me rodeia e consequentemente estes pensamentos assolaram-me.

29.6.08

Calor

As últimas 48h têm sido dominadas por um enorme desejo...


Gelados daqui .

Ficou por escrever

A minha opinião sobre o novo código do trabalho. Digamos que deu origem a uma das maiores discussões que tive nos últimos... anos? Como tal a vontade de escrever sobre o assunto não é grande. Limito-me ao básico: justiça social, onde? Obrigadinha Sócrates por tornares a minha situação e a de milhares de outros trabalhadores a recibos verdes ainda mais agradável, com descontos a rondarem os 60% (e com o retorno em áreas como a saúde e a educação que tão bem conhecemos).

27.6.08

Ai que entusiasmo...

Amanhã é dia de festa. Na maioria das empresas juntam-se os colaboradores por altura do Natal, há jantarada e leva-se o mais que tudo. Aqui não é bem assim.
Amanhã marcha-se, ou assiste-se, e o convite que me foi feito foi claro, “vem e traz os teus pais”. Só os laços de sangue ou do matrimónio (quando tem a bênção de Deus) são válidos para participar na grande festa anual. O meu entusiasmo é mínimo: calor, marchas e sardinhas, não são o meu programa ideal para sábado à tarde. E a este cenário acresce outra particularidade… Eu trabalho num local absolutamente insólito, passados 9 meses ainda dou por mim meio atordoada com esta realidade, e desconfio que a partir de amanhã os meus pais me vão olhar com profunda compaixão ou uma cara de gozo constante. Mal por mal, que seja a segunda hipótese.

24.6.08

Aqui opina-se

Opina-se sobre tudo o que me apetecer, é um espaço meu mas que pode ser lido e comentado por todos. Até hoje ainda não eliminei comentários menos simpáticos, apenas porque acho que todos temos direito a uma opinião, mesmo que diferente. Porém, por vezes, o discordar aproxima-se da falta de educação, e porque essa fronteira é ténue, e eu não tenho que ouvir desaforos de quem não conheço, nem quem por aqui passa tem que gostar do que escrevo, agradeço que os desgostosos sigam de imediato para o blog seguinte. Más energias aqui não, obrigada ;-)

Para os menos atentos, este post vem na sequência de um comentário feito no post abaixo.

23.6.08

Do congresso do PSD...

Pelo menos numa coisa já venceram. Que grande concentração de gente feia!
E aqui nem se aplica a desculpa "é feinho/a mas é simpático/a".

22.6.08

Desafio

Um dia e algumas horas de reflexão para poder responder a este desafio.
Gosto de palavras, escolher seis pareceu-me uma escolha quase impossível. Mas creio que estas fazem mesmo parte de mim.

Viagens - história - livros - sabores - utopia - justiça

Faltava ainda definir-me através de uma imagem. Pensei em várias, até que conclui que tanta indefinição requeria um bode expiatório...


A culpa é do signo e do ascendente. Balança, balança e mesmo depois de decidir continua cheia de dúvidas.
Passo a palavra a todos os que gostam destes desafios.

18.6.08

Dos camionistas, da bola e do Berardo

Não ter net é sem dúvida das coisas que mais falta me faz. Recentemente também fiquei sem tv cabo, sinceramente ainda mal lhe senti a falta, mas a net... Ocorrem-me dezenas de temas para posts, é nestas alturas em que preciso mesmo de ver o mail de 10 em 10 min e de ir ao site X ou Y, chega a ser doentio.
Consequentemente, nestes momentos quase únicos em que consigo aceder, penso em dezenas de coisas que gostava de ter dito/escrito:
- Os senhores camionistas insurgiram-se e viveram-se horas de pânico, podia ter sido o início a uma guerra civil, não fosse o euro e por isso as preocupações estarem além fronteiras;
- O grande FCP afinal já vai à liga de campeões, aguarda-se a qualquer instante um pedido de desculpas formal e a confirmação de que afinal não há corrupção no futebol (nem no país em geral);
- Confirmou-se também que Marvila é linda (ah ya...) e ganhou as marchas. Eu tb marchei mas foi para casa, este ano os Santos não tiveram sabor (nem cheiro!) a Santos.

E foi entre estes grandes acontecimentos, mais precisamente no dia da raça (eu simpatizo com os rafeiros pulguentos, é a minha raça favorita), que pela primeira vez fui ao Museu Berardo. A minha simpatia pelo okupa Berardo e pela magnífica ideia do governo em ceder aquele espaço já aqui foi expressa (talvez só comparável ao valor da renda do restaurante Eleven, 500 euros, se n estou em erro), e durante mais de um ano não tive grande vontade de ir àquele espaço.
Mas a exposição do Le Corbusier parecia justificar* uma ida até lá e depois os pastéis são mesmo ali ao lado, porque é que não devia ir?
Agora já sei. Porque enquanto lá estive abanei muitas vezes a cabeça e pensei em cif, lixívia, tinta... É um espaço de arte contemporânea, extremamente mal estimado e surpreendemente sujo. Não tenho uma obsessão natural por limpezas, mas não me lembro de ter estado noutro espaço com obras de tão grande prestígio que se encontrasse tão degradado, e o mau aspecto ia para além do chão e das paredes, recordo-me por exemplo de que o único Picasso exposto tinha o vidro rachado. A este cenário já por si mau, acresce o zelo dos seguranças. Numa sala com peças minimalistas vi um segurança dar batuques em algumas delas. Eu confesso que tive vontade de fazer o mesmo na sala dedicada a Pedro Cabrita Reis, esse magnífico artista que abomino e não compreendo, mas ainda assim contive-me.
Ao menos agora posso dizer, baseando-me nas evidências, que o CCB estava bem melhor antes da era Berardo. Não se paga, é um facto, mas isso não justifica o desleixo.

* O que me faz recordar uma conversa a propósito de algumas decisões minhas. apelidadas de fundamentalistas, mas cá está, eu até cedo aos meus próprios "princípios" quando outros interesses se sobrepõem (e mais dia menos dia é bem provável que entre na praça de touros do Campo Pequeno...).

14.6.08

Porreiro pá!

Fizeram de nós parvos, mal nos explicaram o que é o Tratado de Lisboa e nem direito a referendo tivemos. Por tanta arrogância/medo do povo mereciam que fosse chumbado. Não fomos nós porque não pudemos, mas foram os irlandeses, obrigada! Porreiro, pá!

11.6.08

Sem net


É assim que ando (mas com menos pêlos). Impedida de me manifestar e sem conseguir visitar os blogs do costume. É mau, quase tão mau como trabalhar esta semana. A propósito, vou preparar uma petição pela nacionalização de todos os feriados municipais.

9.6.08

Não é lógico


Ou talvez seja ;-) Reencontramos as quatro fabulosas e isso por si só já justifica uma ida ao cinema.

5.6.08

Em dia de estreia...

Você é Miranda: Você tem um espírito independente e proclama alto e bom som que o amor não é prioridade – o que não deixa de ser verdade, mas esconde também algum medo de ficar só. É muito opinativa e mesmo sarcástica.

Nada surpreendente, é mesmo com ela que mais me identifico. (Personagem, certo? Desconfio que depois dos 40 nã0 me vai dar para sair do armário).

4.6.08

Yes We Can


Sem grande optimismo quanto ao futuro, mas por agora com alguma satisfação, junto-me aos que acreditam que é possível uma mudança nos EUA e um novo rumo na política internacional (apesar do descrédito que lhes temos dado, sabemos que continuam a ser fundamentais na engrenagem mundial).

Disto dos blogs III

Ainda estou chocada/surpreendida com o que fui lendo em alguns blogs a propósito do debate do programa Aqui e Agora, da sic, q não vi mas onde ilustres como Moita Flores e Miguel Sousa Tavares terão afirmado q os blogs são o maior perigo da net, mundos de devassa, criados para servirem as piores características dos portugueses. Terão dito também q quem tem blogs é narcisista e solitário, entre muitas outras coisas (terrorista, traficante…).

Serve-me de consolo pensar q pelo menos n sou a única, a blogoesfera alberga qualquer coisa como 150 milhões de psicopatas.
E claro q nem tudo é uma maravilha, mas também nenhum blogger diz q é. Eu por mim acabava com os blogs psicopatas q têm barras cronológicas, em q se conta absolutamente tudo: o nascimento/crescimento das criancinhas, o tempo q falta/dura o casamento, os dias q faltam para a ovulação… Mas desconfio q a seguir acabavam com o meu, por isso prefiro q continuemos a ter as nossas manias, o nosso espaço e o nosso direito a opinar sobre tudo o q queremos.

1.6.08

E aos 25...

Deixei de receber prenda do dia da criança. A minha mãe disse q se esqueceu, eu receio q seja o princípio do fim.
Pior q isto, só o facto de no fim de semana passado ter constatado que a minha escola secundária foi demolida*.

O mundo como até agora o conhecia parece q deixou de existir e eu recuso-me a aceitar q o tempo voa.

* Atendendo a q n fica no continente asiático, n foi bem de um dia para o outro, até pq já há outra sensivelmente no mm espaço, mas eu ainda n tinha visto :-|

30.5.08

A Gorda, no Villaret

Peça do dramaturgo Neil LaBute, conta a história de um rapaz magro e elegante que se apaixona por uma rapariga gorda. Juntos confrontam-se com os preconceitos da sociedade contemporânea, obcecada com a imagem.
Nos papéis principais estão Ricardo Pereira e Carla Vasconcelos. O primeiro alegra a vista e pouco mais, não cheguei a perceber se o exagero da personagem era defeito ou feitio, ela pareceu-me bem (talvez precisamente devido ao que a peça aborda, apostou mais na formação do que na imagem). Um outro casal de actores representa o preconceito, mas também aqui o exagero é gritante, burlesco, e por vezes dá vontade de dizer “já chega, não?”.
Os cenários estão engraçados (tudo muda sob o olhar dos espectadores), a música nem tanto.


Se quiserem, vão ver, penso que têm até Domingo. Mas não contem com algo para além do mediano…

Nota: Eu vou partir do princípio que ali foi tudo muito caricaturado e rebuscado, porque se por um lado temos o tipo bonitinho que é um empresário de sucesso, que profissão resolveram atribuir à gorda? Bibliotecária (como algo depreciativo, bah!).

29.5.08

À lupa

O Destak de ontem referia que em média cada lar português desperdiça 200 euros de água por ano.
Contesto.
Analisando detalhadamente a minha factura da água, constatei que este mês paguei 7 euros, sendo que apenas 64 cêntimos são gastos com a água propriamente dita… O q em termos práticos n me permite comprar um mísero garrafão de 5 lt e eu garanto-vos que tomo banho regularmente. Posto isto, eu presumo que não gasto demasiada água, por outro lado, sinto que estou a ser roubada, roubo disfarçado de taxas, ivas e afins, mas que não deixa de ser roubo. Preocupações ambientais sim, mas já agora sugiro aos senhores do Destak que divulguem também os outros números que estão por trás de uma factura da água e onde é aplicado.

27.5.08

Disto dos blogs II

Quem diz a verdade n merece castigo. Sou altamente viciada em blogs de culinária. Foram sem dúvida o meu primeiro vício blogosférico e apenas por vergonha (isto é, reconhecida incapacidade de produzir algo próximo das coisas fantásticas que via nos outros) é que este espaço não enveredou pelo mesmo.
Visito muitos e acho particularmente engraçada a solidariedade luso-brasileira na partilha de dicas e sugestões. Mas desta vez o que me chamou a atenção n foram as receitas, mas um objecto. Do outro lado do Atlântico, no Sabores da Lica, uma faca cheia de estilo mereceu um post. Existem provavelmente milhares por ai, mas agora ao usar as minhas tenho a certeza que há alguém no Brasil que também tem e lhes acha a mesma graça que eu :-D

25.5.08

Para lá do que vi...

Sexta-feira à noite deparei-me com uma daquelas situações de que ouvimos falar, sabemos por isso que existem, mas custa-nos tanto aceitar que é como se não fizessem parte do nosso mundo.
No meio de um parque de estacionamento vi um indivíduo, aparentemente jovem, a bater numa rapariga. A primeira imagem foi a de um rosto a ser projectado e muitos gestos. Primeiro fiquei incrédula, sem saber se tinha visto bem, mas as dúvidas dissiparam-se ao vê-la tentar levantar-se do chão.
O que se passou depois foi estranho. A polícia estava pouco mais à frente, de sirenes acesas, não passando despercebida, como se soubesse que algo se estava a passar mas à espera não sei de quê. Assim que dissemos o que tínhamos visto, partiram.
Não sei que desfecho teve, mas ao longo deste fim de semana a imagem tem-me perseguido. O que leva uma jovem a estar com um indivíduo que lhe bate? E se foi a primeira vez, que certeza tem de que não será o começo do inferno?
Numa altura em que tanto se fala de violência doméstica, talvez seja ingenuidade minha pensar que não pode ter o rosto de jovens, mas pelos vistos pode, mas sobretudo acho que tem o rosto da tradição. Por mais open mind que estejamos, acho que a maioria continua a pensar na vida apenas aos pares, sujeitando-se.

23.5.08

Inquérito

Concorda com a lista de jogadores portugueses convocados para o Euro 2008?
Sim
Não
Por favor seleccione uma resposta.

Ainda bem que eu só leio jornais sérios .

Ao lado estavam coisas mais insignificantes como «Pobreza em Portugal: "É preciso subir os salários e diversificar fontes de rendimento"- por acaso não sei se quero que me dêem dicas sobre como diversificar fontes de rendimento…

Quem de uma hora escapa…

Correu para mim, gritou “beijinho, beijinho!” e agarrou-me. Felizmente alguém que não conheço salvou-me antes que algo mais acontecesse.



Vou começar a ponderar não circular por aqui sozinha (e se calhar já se justificava um seguro de acidentes de trabalho).

21.5.08

Dois pesos, duas medidas

O Público notícia «Fisco coloca à venda prédios por dívida de 236 euros».

Faz hoje uma semana que tive uma audiência no Julgado de Paz de Lisboa, na sequência do que já tinha escrito aqui.

Foram várias as situações presenciadas neste projecto (de falsa prestação de serviços) que me chocaram e como referi me fizeram temer o pior em relação à reabilitação da Baixa Pombalina. Mas o meu trabalho ficou concluído e por ele eu devia ter sido paga. Foi isso que reivindiquei ao longo de dois anos junto do consórcio para quem trabalhei, em consequência ouvi de tudo e para mim era óbvio que não me queriam pagar.
Não desisti mas aparentemente teria sido mais fácil, sobretudo depois de constatar que uma das caras do consórcio (e penso que autor do contrato por mim assinado) ocupa actualmente um dos mais altos cargos na secretaria de estado dos assuntos fiscais. Muito irónico, não é?

Mas por vezes a justiça ainda funciona. Não posso dizer que me tenha sido dada razão porque o Juíz não chegou a proferir uma sentença, mas chegou-se a um acordo que me foi favorável e eu irei receber tudo o que me devem. Caso não o cumpram é válida a penhora (o método de eleição do tal senhor, mas calculo que apenas quando aplicado aos outros). Foi pena ter demorado 2 anos.

20.5.08

Chuva...


Chuva na Primavera definitivamente não é das minhas coisas favoritas. Mas aguentava-se muito melhor se estivesse em casa a ver e a cantarolar a Música no Coração.

19.5.08

A Noite dos Museus

Para sugestão já vem tarde, mas ainda assim merece ser referida. A noite dos museus antecedeu o Dia Internacional dos Museus, e permitiu uma vez mais visitas gratuitas e fora de horas a alguns museus nacionais.
Não encontrei o programa na net, nem vi as reportagens da praxe, nestas coisas o melhor é irmos acreditando que a cultura não foi absolutamente esquecida e que estas iniciativas se vão repetindo ano após ano, e arriscar. Assim, já depois das 23h, rumei ao Museu Nacional de Arte Antiga (cujo site está em baixo há meses), que estava de portas abertas e com visitas guiadas às principais obras de referência. Adorei. Num ambiente menos formal do que o habitual e com visitantes entusiasmados, circulava-se livremente entre as diferentes salas e ouviam-se explicações que quase pareciam histórias de encantar.


Quem por lá esteve e ouviu a história dos Biombos de Namban é quase certo que sonhou com o Oriente.

16.5.08

Digestão difícil

Há dias em que não consigo reagir. Oiço e avanço para depois recuar.
Ontem questionaram-me sobre a arrumação da biblioteca. «É muito difícil com este sistema não ter um especialista aqui permanentemente.» - ouvi, pensei que tinha digerido, mas agora apercebo-me que não.
Não foi a primeira vez que o afirmaram. Que colocaram em causa um sistema há uns meses discutido e por fim eleito*. Perante isto (entenda-se, o meu despedimento após a fase de organização), como é suposto agir? Vale a pena explicar que se os técnicos existem é porque a sua presença nas bibliotecas é importante sempre e não apenas num período inicial? Que de facto criaram um código quase secreto, que aprendem a dominar, mas que exige prática, e que em último caso garante a continuidade das suas funções?
Vou continuar a avançar. Gosto das minhas cotas enigmáticas (ex. 266:262.851 POL).

* «Nós queremos o mais moderno, que obedeça às normas internacionais, blá blá blá»

14.5.08

Momento dona de casa apressada

Quando a fome e a preguiça se aliam...

Pão, pesto, presunto e rúcula.



A melhor sandes que comi nos últimos tempos!

Receita roubada daqui.

Momento dona de casa prendada

O que fazer com a abóbora que vive no congelador há meses?

Risotto de abóbora, com espinafres e cogumelos

Para 2
1 chávena de arroz arbóreo
1 colhar de sopa de azeite
cebola picada
1 copo de vinho branco
1 chávena de abóbora (em cubinhos)
cogumelos secos (a olho)
1 cubo de espinafres (ficava mais bonito escrever um molho, mas foi mm um cubo dos congelados)
1 ou 2 chávenas de caldo de legumes
Sal e pimenta
Manteiga
Queijo parmesão

- Demolham-se os cogumelos durante uns 15 min e cozem-se os espinafres;
- Aquece-se o azeite, junta-se a cebola, quando estiver translúcida junta-se o arroz, mexe-se constantemente durante 2 min e acrescenta-se o vinho e a abóbora, o sal e a pimenta. Quando o vinho já tiver sido totalmente absorvido, acrescenta-se o caldo aos poucos, numa operação que demora uns 18 min. A meio deste processo juntam-se os cogumelos (previamente picados);
- Quando o arroz estiver quase cozinhado, juntam-se os espinafres e por fim a manteiga. Desliga-se o lume e adiciona-se o parmesão.




É muito bom! Eu continuo convencida de que o meu risotto é óptimo, provavelmente porque ainda não provei cozinhado por outra pessoa ;-)

12.5.08

Porque...

Porque o Cavaco voltou a apelar à particapação dos jovens na vida política, mas deixou os do Bloco à porta.
Porque continuam a existir os globos de ouro, a lembrar a máxima popular "Deêm-lhes pão e circo".
Porque esta semana irei perante "quem de direito" explicar que trabalhei 6 meses sem receber e que já é tempo de me pagarem o que devem.

Recordo Almada Negreiros, «O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades.».

11.5.08

Cinema em dose dupla

Nunca é Tarde Demais



O que fazias se soubesses que tens apenas mais uns meses de vida?

Dois homens, às portas da morte, encontram-se num quarto de hospital. Diferentes na vida, unidos naquele momento, fazem uma lista do que lhes falta concretizar e partem numa viagem pelo mundo. Uma história relativamente banal, mas com interpretações brilhantes de Jack Nicholson e Morgan Freeman.



My Blueberry Nights


Norah Jones é a protagonista de uma viagem de reencontro emocional que nos leva pela América a um ritmo sem grandes sobressaltos mas que nos guia, a nós e à personagem, numa busca de auto-conhecimento em que as escolhas pessoais são a essência da vida, num jogo de cor e som muito bem conseguido por Wong Kar-Wai.