18.1.09

NY II: O Primeiro Contacto

No Inverno anoitece cedo em NY (por volta das 16.30), era já noite quando chegámos a Manhattan, mas nem o frio, nem o cansaço, nos impediram de explorar a zona que nos rodeava. Como podíamos resistir se estávamos na cidade que nunca dorme e numa das épocas do ano de maior agitação?
As ruas estavam apinhadas de gente, a maioria carregando sacos enormes (a época oficial de saldos começara uns dias antes, imediatamente a seguir ao Thanksgiving Day) e vendo as decorações de Natal. Todos super agasalhados e muitos de copo de café na mão, sempre num ritmo acelerado, tal como se vê nos filmes (exceptuando a decoração de Natal, que me pareceu em menor número mas muito mais elegante).

Árvore de Natal do Rockefeller Center
(não é enorme e é um pinheiro natural, com luzes amigas do ambiente)

As primeiras horas foram de adaptação e de espanto. Tudo me parecia mais encantador ao vivo e incrivelmente acolhedor, os nova iorquinos são super simpáticos e a cidade é muito acessível até a um turista de primeira viagem. Em pouco tempo sentimo-nos familiarizados com a geografia rectilínea da ilha (10 avenidas na vertical, interceptadas por ruas na horizontal e cortadas por uma única avenida diagonal, a Broadway).

O Chrysler Building avistado a partir do Bryant Park
(um parque encantador, nesta altura com uma pista de gelo)

Para nos deslocarmos a melhor forma é comprar um metrocard logo à chegada, válido no metro e nos autocarros, por um período de 7 dias, custa 25 dólares. Contrariamente a tudo o que li, achei o metro de NY super prático, basta apanhar no sentido certo (Uptown ou Downtown), sendo sobretudo útil para percursos Norte/Sul, longos. Para percursos mais curtos, ou crosstown, os autocarro são melhor opção, embora mais lentos, permitem-nos apreciar a cidade.

Ponte de Brooklyn
(fotografada a partir do Pier 17, um porto restaurado)


Outra forma de ficarmos a conhecer a Grande Maçã é através dos autocarros turísticos, recomendo a quem tem pouco tempo ou àqueles que como eu querem ficar com uma noção geral do que NY oferece, explorando depois o que mais nos interessou e ao nosso próprio ritmo. Estas viagens custam cerca de 50 dólares, são válidas por 48h, em sistema hop-on hop-off, com guia local (falam apenas em inglês e tornam-se um pouco chatos* porque associam tudo a filmes), ao comprar a minha tive como oferta um cruzeiro na baixa de Manhattan, algo que inicialmente não queria fazer (por receio de hipotermia...) mas que acabou por ser um dos momentos mais inesquecíveis da viagem ;-)

Manhattan fotografada do Rio Hudson

* embora chatos, acho que jamais esquecerei a guia chino-americana que profundamente emocionada, ao passarmos junto a um memorial do 11 de Setembro, disse que nos queria agradecer por não desistirmos de viajar até lá, afirmando estar absolutamente convencida de que NY só recuperou dos atentados porque os turistas não desistiram de a visitar, recordando que após os ataques tudo parou durante cerca de 3 meses, devido ao pânico de que se repetisse.

Continuarei com mais algumas dicas!