18.3.09

Entre os livros

Gosto de livros com memórias. De através do que neles encontro perceber por que mãos passaram.

Bilhetes postais são uma constante, com letras mais ou menos perceptíveis, geralmente dirigidos a “Sorores”, fazem-me sempre lembrar a música dos Rio Grande (“Querida mãe, querido pai, então que tal?...”). Estou perante um de 1971, com um carimbo que diz “responda com verdade”, e que fala do frio que se faz sentir, de um tal Emanuel que foi bem na prova escrita, uma Teresinha que foi comungar (“ela está com muito juízo”) e uma ex-madraste que faleceu.
E viajo sem sair daqui.

5 comentários:

Titania disse...

tão giro :) tb gosto de encontrar esse tipo de bilhetes, notas, apontamentos, que servem como marcadores de livros...é uma viagem no tempo mt fixe :)

Ana disse...

Um voyeurismo aceitável ;-)

Tempus_Fugit disse...

Chato talvez só mesmo lembrares-te da música dos Rio Grande e consequentemente fazeres os desgraçados dos leitores lembrarem-se também!
É um revivalismo inaceitável!

Ana disse...

Conseguiste associar a imagem do Tim rosadinho? Fica ainda melhor. Talvez seja um bocadinho inaceitável, mas há coisas piores n há?

Tempus_Fugit disse...

Ohhhh que os males do mundo fossem coisas como o Tim com aquele lenço ridículo ao pescoço a gravar coisas expressamente pensadas para vender cds no Natal! Foi uma hiperbolezinha, minha cara.
;-)