2.7.08

Do mundo, da morte e de tudo o mais

Ontem no site do Público podia-se ver a morte em directo. Um vídeo horripilante e aparentemente atípico naquele jornal (dito não sensacionalista), que me fez pensar que aquele era um alerta e não uma forma de atrair leitores ao site.
Num hospital para doentes mentais, nos EUA, uma doente afro-americana jazia em plena sala de espera. Estava lá internada e tudo terá acontecido sob o olhar de funcionários e seguranças, que agiram apenas 45 minutos depois.
Os comentários ao vídeo eram os esperados, criticavam o sistema de saúde norte americano que condena à morte quem não tem dinheiro para assistência ou medicação, mas alguns diziam que por cá se passa o mesmo.
Sozinhos no meio da multidão, parece que é cada vez mais para isso que caminhamos, mas desta vez não consigo generalizar. As instituições de saúde mental em Portugal são poucas e em muitos casos (sobretudo as IPSS’s) estão mal apetrechadas, mas pelo que tenho visto a dedicação dos que nelas trabalham compensa, sempre que possível, essas lacunas. E não é de todo uma profissão fácil, nem uma realidade a que estejamos habituados, por isso talvez por cá aponte sobretudo essa falha, falta uma verdadeira inclusão social. Isso e capacitarmo-nos de que cada vez temos mais doentes mentais, e não deficientes mentais, o que creio que em muito se deve ao estilo de vida que temos.

Ao 9º mês (uma verdadeira gestação) conheci todo o espaço que me rodeia e consequentemente estes pensamentos assolaram-me.

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