Há coisas deprimentes, não há?

Como já por aqui escrevi, faço parte da geração recibos verdes, o que é sinónimo de precariedade. É pelo menos esta a minha opinião, não a do meu banco.
Por esta altura ainda não chegou à minha conta o meu ordenado e muito menos o tal do 13º mês, de que só conheço o nome, mas como os tipos do banco são uns queridos enviaram-me um cartão de crédito com o simpático nome “cartão de natal” e um cheque com uma quantia elevada já pré-aprovada…
Apesar de muitos de nós vivermos com a corda na garganta, sermos praticamente obrigados a contrair créditos para adquirir habitação, ainda somos pontualmente convidados pelos nossos bancos (que deviam ter noção do nosso risco de endividamento) a fazer novos créditos com TAEG na casa dos 20%!!! E como não é a primeira vez que acontece, já sei que mais dia menos dia uma menina vai-me ligar a perguntar porque é que eu não aproveitei a magnífica proposta do banco e provavelmente eu uma vez mais terei que lhe responder: porque não preciso de dinheiro!!! (contrai um crédito à habitação apenas porque acho divertido pagar uma casa em 40 anos).

E ainda falta um mês até ao natal, que outras brilhantes ofertas nos esperam?