30.7.07

A Cidadela Branca

Orhan Pamuk venceu o Nobel da Literatura em 2006. O que me atraiu desde logo não foi o prémio mas a nacionalidade do escritor.
Numa altura em que tanto se fala da possível integração da Turquia na UE, esta atribuição além de um acontecimento literário foi um acontecimento político, que após uma breve análise conduz-nos à conclusão que de surpreendente não teve nada ou muito pouco, visto tratar-se de um escritor “consensual”, que procura edificar uma ponte entre o Ocidente e o Oriente.

Em A Cidadela Branca, essa ponte também é estabelecida, através do encontro e convivência entre um jovem veneziano e o seu Mestre turco. A questão fulcral desta narrativa é a busca da identidade e da verdade, em que a personalidade de cada um se confunde com o todo. Esta descoberta do individual é por vezes confusa e embora a escrita de Pamuk seja perfeitamente acessível, algumas vezes interrompi a leitura sem grande ânimo em retomá-la, sem me sentir totalmente envolvida nesta busca do eu.

3 comentários:

Elvira disse...

Obrigada pela sua tão simpática mensagem no "bistrot". Fico feliz por gostar do meu cantinho e apreciar as receitas. :-)

Beijinhos.

José Gomes disse...

Ana,
Acabo de ler o post sobre Pamuk e o seu livro "A Cidadela Branca".
Não conheço o livro e apesar da Orhan Pamuk ter vencido o Nobel da Literatura em 2006 não fui atraído por esta publicação.
Mas va,eu a tua narrativa para me inserir, embora superficialmente, na narrativa do livro.
Um abraço, amiga.
José Gomes

Ana disse...

Obrigada pela visita e pelos comentários!