Algumas das minhas preferências são para a maioria das pessoas perfeitamente enfadonhas. Gosto muito de estabilidade, da rotina, não preciso de ter muito mas ter a certeza de que o que o tenho é realmente meu. Assim sinto-me bem e tranquila.
Mas vivo numa era em que é impossível controlar o nosso dia a dia. E aqui retomo o tema que já vem sendo habitual: o trabalho. Que raio de sistema descartável é este? Em nome de uma flexisegurança, que nem no país mais avançado do mundo eu acredito que funcione, e de um crescimento económico que eu não vejo resultar, tudo vai sendo permitido. Queixo-me demais, eu sei, sobretudo atendendo que mal ou bem eu não estou muito fora da minha área (uma das tais super desaconselhadas para quem quer ir para o mercado de trabalho, História), mas custa-me ver como de um modo geral todo o trabalho é desprezado, tremendamente mal pago, e, para meu espanto, não há grandes queixas. Lá está, devo ser mesmo muito exigente, querer estabilidade profissional, de preferência na minha área, é, nesta sociedade, querer demais. Serei lunática? Ou quem acha que pedir isto (considerando que é pedir muito) é que o é?
Sinceramente, não sei com o que é que as pessoas se preocupam. Conformam-se e deixam andar. Até que não dá mais, porque de certeza que em muitas famílias não dá, atendendo aos números oficiais que apontam para 2 milhões de portugueses em risco de pobreza.
Enquanto for possível optar *, eu opto por me queixar, reclamar muito e acreditar que assim ainda há esperança. Claro que este também é um post de reconhecimento que ultimamente tenho sido muito chata com todas estas questões, mas nunca me tinha apercebido tão bem de tudo isto como agora.
* Aos olhos de todos nós, bem aqui na quase perfeita União Europeia, mais precisamente na Polónia, dois gémeos no poder, com a cumplicidade do nosso silêncio, levaram a cabo uma política autoritária e ultra-conservadora que pôs termo à liberdade de expressão e espalhou o medo por mais de 2 anos. Felizmente, os polacos ainda foram a tempo de mudar de rumo, esperemos que para um muito melhor.
Mas vivo numa era em que é impossível controlar o nosso dia a dia. E aqui retomo o tema que já vem sendo habitual: o trabalho. Que raio de sistema descartável é este? Em nome de uma flexisegurança, que nem no país mais avançado do mundo eu acredito que funcione, e de um crescimento económico que eu não vejo resultar, tudo vai sendo permitido. Queixo-me demais, eu sei, sobretudo atendendo que mal ou bem eu não estou muito fora da minha área (uma das tais super desaconselhadas para quem quer ir para o mercado de trabalho, História), mas custa-me ver como de um modo geral todo o trabalho é desprezado, tremendamente mal pago, e, para meu espanto, não há grandes queixas. Lá está, devo ser mesmo muito exigente, querer estabilidade profissional, de preferência na minha área, é, nesta sociedade, querer demais. Serei lunática? Ou quem acha que pedir isto (considerando que é pedir muito) é que o é?
Sinceramente, não sei com o que é que as pessoas se preocupam. Conformam-se e deixam andar. Até que não dá mais, porque de certeza que em muitas famílias não dá, atendendo aos números oficiais que apontam para 2 milhões de portugueses em risco de pobreza.
Enquanto for possível optar *, eu opto por me queixar, reclamar muito e acreditar que assim ainda há esperança. Claro que este também é um post de reconhecimento que ultimamente tenho sido muito chata com todas estas questões, mas nunca me tinha apercebido tão bem de tudo isto como agora.
* Aos olhos de todos nós, bem aqui na quase perfeita União Europeia, mais precisamente na Polónia, dois gémeos no poder, com a cumplicidade do nosso silêncio, levaram a cabo uma política autoritária e ultra-conservadora que pôs termo à liberdade de expressão e espalhou o medo por mais de 2 anos. Felizmente, os polacos ainda foram a tempo de mudar de rumo, esperemos que para um muito melhor.
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