22.5.07

A Filha Rebelde

A sinopse da peça dizia «A coragem será uma das principais marcas de Annie, que protagoniza uma peça onde o drama, a traição, os afectos, a morte e os combates políticos se cruzam naquela que é uma história de vida rara e exemplar.»
A opinião com que fiquei é que Annie Silva Pais é uma filha rebelde um pouco oca (que por várias vezes diz não querer saber de política), destacou-se por ser filha do director da PIDE, que ali aparece como sendo um tipo bonacheirão e com sentido de humor. Isto num país um bocadinho sombrio mas que logo se põe a dançar com a chegada do 25 de Abril (que naquele palco parece ter sido música e pouco mais). Esta foi provalmente a nossa grande aproximação à esquerda, porque da peça também se sai com a ideia de que o que mais se fazia em Cuba era dançar e cantar. Outra certeza com que saí foi a de que o Che era podre de bom, o que dizia ou fazia é que não teve direito a referências.
Talvez o melhor seja ler o livro que deu origem a este argumento, pode ser que lhes tenha escapado qualquer coisinha.

2 comentários:

José Gomes disse...

Ana,
Quero agradecer a tua visita.
Aproveitei para ler o teu blogue e achei interessante a crítica que fazes à peça que foste ver.
Pelo que escreves dá-me a impressão de estarem a branquear a imagem da Pide e do seu director. Como dizes, talvez seja melhor ler o livro antes de atirar para o ar qualquer juízo de valor.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
José Gomes

Ana disse...

Também agradeço a passagem por aqui. Entretanto já fui espreitar o "Chuviscos..." e n resisti a deixar um comentário no post dos hipermercados.