25.4.07

Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

Sophia de Mello Breyner Andresen

2 comentários:

Rubria Petra disse...

Tomara que pudessemos sempre começar de novo, de fresquinho, ou pelo menos sentir que tal é possível - e viver animados sob os auspícios de novas e melhores criações.

Ana disse...

A escolha deste poema para hoje procurava ser isso mm, a esperança de q se pode começar sp de novo. Quero acreditar q sim.